A Secretaria de Segurança do Pará confirmou que
subiu para 57 o número de presos que foram mortos durante uma rebelião
no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na manhã de hoje
(29). De acordo com o órgão, 16 detentos foram decapitados e o restante
morreu por asfixia.
O governo local também decidiu que 10 dos 16 líderes
identificados serão transferidos para presídios federais. Mais 46
detentos serão transferidos para outras prisões no estado.
Atendimento psicológico e médico também foram
disponibilizados aos familiares dos presos, que permaneceram durante
todos o dia na entrada do presídio em busca da confirmação dos nomes dos
mortos. A Polícia Militar permanece dentro da unidade prisional para
evitar novos conflitos.
A rebelião começou por volta das 7h, quando um grupo de
presos da facção Comando Classe A (CCA) invadiu a ala dos integrantes
do Comando Vermelho (CV), facção rival, e colocou fogo em uma das
celas.
De acordo com a Superintendência do Sistema
Penitenciário do Pará (Susipe), o conflito foi um acerto de contas e não
um protesto contra as condições do sistema prisional. Dois agentes
penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da
rebelião, que foi contida por volta das 12h.
Mais cedo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública
ofereceu ao governo do Pará 10 vagas em presídios federais para
transferir os líderes da rebelião. Em nota à imprensa, o ministro Sérgio
Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que a Força Nacional
fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a
intensificação do trabalho de inteligência policial.
Agência Brasil