Nas memórias afetivas uma infinidade
de coisas são registradas. Desde os primeiros arroubos de consciência
que tive, as história dos meus tios em suas viagens pela Serra do Exu e
redondezas, e as paisagens dos lugares que passei, são as mais
relevantes lembranças que posso buscar. Acometido por muitas
enfermidades, fui desde cedo buscar tratamento na cidade de Barbalha, e
um imóvel enorme, branco e com palmeiras, sempre permeou meu imaginário.
Mais de uma década depois, foi justamente nesse imóvel que dei inicio ao meu aprendizado na pesquisa histórica e patrimonial. Ainda inexperiente, fiz uma breve e amadora cobertura de uma das maiores riquezas arquitetônicas que temos no Cariri, o Casarão de Zuca Sampaio, ou Casa de Mãe Yayá, como também é conhecida. Essa experiência teve e tem relevante importância para mim, quer seja pela confiança em mim depositada pelos proprietários, quer seja pela representatividade do bem, de tal forma que sequer quis substituir as imagens que fiz naquele ano de 2014.
Dono de 12 janelões na fachada principal, mais porta de entrada, todos em perfeita fenestração, o imóvel possui requinte suficiente para impressionar até o mais critico dos patrimonialistas. Os lambrequins cobrem toda a frente e laterais do telhado, e um cômodo elevado nos dá dimensão da grandeza do remanescente, que abriga a família Sampaio até os dias atuais.
Dentre os filhos e filhas de Zuca Sampaio e Mãe Yayá, destaco Leão e Pio Sampaio, médicos de grande renome, tendo o primeiro feito carreira também na política, deixando influências em seu filho, Mauro Sampaio, que foi deputado e prefeito de Juazeiro do Norte. Alacoque Sampaio, também filha do casal, foi responsável por compor o hino de Barbalha; encerro aqui as citações, pois foram muitos os descendentes e suas realizações.
Zuca Sampaio morreu em 04 de Maio de 1940, e sua esposa acolheu o sono eterno ao dia 19 de Março de 1959 (há a indicação de que tenha sido em 29 de Março de 1959, mas no Diário de Pernambuco a noticia foi veiculada em 19 de Março de 1959), deixando um extenso legado na região, a destacar o Gabinete de Leitura de Barbalha e a Igreja do Rosário, realizações que tiveram influência direta da família, fora outras contribuições.
Mais de uma década depois, foi justamente nesse imóvel que dei inicio ao meu aprendizado na pesquisa histórica e patrimonial. Ainda inexperiente, fiz uma breve e amadora cobertura de uma das maiores riquezas arquitetônicas que temos no Cariri, o Casarão de Zuca Sampaio, ou Casa de Mãe Yayá, como também é conhecida. Essa experiência teve e tem relevante importância para mim, quer seja pela confiança em mim depositada pelos proprietários, quer seja pela representatividade do bem, de tal forma que sequer quis substituir as imagens que fiz naquele ano de 2014.
História do Imóvel
O casarão foi edificado a mando de José de Sá Barreto Sampaio, o Zuca Sampaio, e sua esposa, Maria Costa Sampaio, a partir de 1900, tendo sido inaugurado em 16 de Julho 1905. Sampaio era prospero comerciante daquela cidade, sendo sócio da Sampaio & Irmãos, uma das mais relevantes firmas do Cariri naquele período, detentora de portfólio variado e requintado, e ainda existente sob o nome de Casa Sampaio. Também foi dono de terras, sendo necessário citar que foi no campo que conseguiu se reerguer após o saqueamento de sua loja durante a Sedição de 1914, evento que desmantelou suas finanças e o forçou a mudar-se para o Pernambuco, talvez almejando também tranquilidade após os acontecimentos.Dono de 12 janelões na fachada principal, mais porta de entrada, todos em perfeita fenestração, o imóvel possui requinte suficiente para impressionar até o mais critico dos patrimonialistas. Os lambrequins cobrem toda a frente e laterais do telhado, e um cômodo elevado nos dá dimensão da grandeza do remanescente, que abriga a família Sampaio até os dias atuais.
Dentre os filhos e filhas de Zuca Sampaio e Mãe Yayá, destaco Leão e Pio Sampaio, médicos de grande renome, tendo o primeiro feito carreira também na política, deixando influências em seu filho, Mauro Sampaio, que foi deputado e prefeito de Juazeiro do Norte. Alacoque Sampaio, também filha do casal, foi responsável por compor o hino de Barbalha; encerro aqui as citações, pois foram muitos os descendentes e suas realizações.
Zuca Sampaio morreu em 04 de Maio de 1940, e sua esposa acolheu o sono eterno ao dia 19 de Março de 1959 (há a indicação de que tenha sido em 29 de Março de 1959, mas no Diário de Pernambuco a noticia foi veiculada em 19 de Março de 1959), deixando um extenso legado na região, a destacar o Gabinete de Leitura de Barbalha e a Igreja do Rosário, realizações que tiveram influência direta da família, fora outras contribuições.
Fonte:
Cariri das Antigas
Badalo