O Brasil deverá, em breve, retomar o grau de investimento, classificação concedida por agências especializadas que garante o aporte de mais recursos estrangeiros no país. A previsão é do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
“A chave já virou, nós estamos tendo recuperação em todos os indicadores e já merecemos uma reclassificação de nota de risco pelas agências de rating [risco]. Eu não tenho dúvida de que nós estamos caminhando na direção do grau de investimento”, destacou o ministro.
O ministro citou como exemplos favoráveis a aprovação da reforma da Previdência na Câmara e as novas concessões na área de infraestrutura (portos, aeroportos, ferrovias e rodovias). Segundo ele, tudo isso deverá atrair mais recursos estrangeiros para o país.
No setor ferroviário, por exemplo, deverá haver um aumento expressivo no volume de cargas transportadas nos próximos anos. O ministro apontou projetos e investimentos no transporte sobre trilhos que deverão unir o país de ponta a ponta, com a integração entre malhas ferroviárias já existentes e outras em construção. Esses projetos deverão possibilitar o escoamento da produção agrícola, industrial e mineral, com maior rapidez e menores custos.
“É um aumento de capacidade que vai levar a participação do modal ferroviário no Brasil dos atuais 15% para 29% a 30% em oito anos. E aí a gente vai reequilibrando a matriz [de transportes], proporcionando oferta e jogando o frete para baixo”, destacou. Tarcísio Gomes lembrou a recente concessão de dois trechos da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D´Oeste (SP), vencida pelo grupo Rumo S.A.. A ferrovia vai ligar o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao Porto de Santos, em São Paulo, formando a espinha dorsal da malha ferroviária brasileira, que futuramente conectará Rio Grande (RS) a Belém (PA).
O ministro também abordou os investimentos que vão ocorrer a partir dos leilões de campos de petróleo, da entrada de novas companhias aéreas, e das concessões no sistema de cabotagem. Essa navegação interna e pela costa, hoje restrita a empresas brasileiras, deverá ser aberta a grupos internacionais no futuro.
(Agência Brasil)