Contêiner com a droga embarcaria para a Bélgica nesta sexta em rota que estava sendo inaugurada

Blog do  Amaury Alencar

Contêiner com a droga embarcaria para a Bélgica nesta sexta em rota que estava sendo inaugurada

Investigação já descobriu que contêiner foi levado por caminhão para o pátio do porto do Pecém na última terça-feira, dia 13. Aduana dos Estados Unidos repassou informações a agentes da Receita Federal no Ceará  

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Os 330 quilos de cocaína escondidos na carga de mel, descobertos nesta sexta-feira, 16, num contêiner no pátio do porto do Pecém, partiriam ainda ontem para a Europa. Destino: um porto na Bélgica. A rota mais comum dos navios que partem do Brasil é para a região da Antuérpia. O POVO Online apurou que esta seria, exatamente ontem, a primeira viagem dessa linha marítima zarpando do píer do Pecém.

 

No rastreamento da documentação da carga, descobriu-se que a droga foi inserida no contêiner dentro do próprio pátio do porto. Não entrou como baldeação de carregamento de outro navio, supostamente atracado no Ceará. Foi levada num caminhão que entrou na área do porto na última terça-feira, dia 13. As imagens do circuito interno de monitoramento serão usadas para tentar chegar aos proprietários do veículo.

Essa modalidade usada pelos traficantes, da droga enxertada dentro de contêineres de exportadores legalizados, é chamada de Rip On/Rip Off. As quadrilhas desviam o contêiner da rota logística para inserir a droga. O equipamento é "contaminado" com a cocaína em bolsas - semelhantes às apreendidas no Ceará.

Os criminosos usam lacres e pinos clonados ou escondem a droga camuflada em fundos falsos na estrutura do próprio contêiner. A carga ilícita pode ser retirada antes do ponto de desembarque e lançada ao mar, para ser içada por embarcações menores.

Só na tarde de ontem é que os agentes da Polícia Federal entraram na investigação. A operação, até então, estava sendo conduzida somente pelos agentes da Receita Federal, que fizeram a descoberta com a ajuda da aduana dos Estados Unidos - órgão equivalente à alfândega brasileira. Foi a informação dos norte-americanos que orientou um segundo escaneamento no contêiner e permitiu a detecção da droga.


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