( fotos Ascom UFCA)
No último dia 15 de agosto (quinta-feira), a Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPI/UFCA) – em plena execução dos editais 04 e 06 de Iniciação Científica – tomou ciência de que bolsas do CNPq, antes disponibilizadas para a UFCA, não estavam mais disponíveis no sistema do órgão. Ao todo, foram cortadas 5 (cinco) bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), sendo 3 (três) delas do Pibic Ensino Médio – que ainda estava em fase de indicação de bolsistas, conforme cronograma vigente.
Mesmo sendo ainda uma instituição jovem, a UFCA já produz pesquisas de qualidade em pleno sertão cearense, estudando objetos como fósseis, plantas medicinais, softwares e dimensões além do espaço-tempo. Desde 2013, a Universidade já soma 371 projetos de pesquisa e mais de 2 mil artigos classificados no Qualis Periódicos: sistema que classifica a produção científica dos programas de Pós-Graduação.
A não prioridade da pesquisa científica, que marca o contexto atual do país, é alarmante, principalmente porque não há certeza de que a agência terá condições de honrar seus compromissos com as bolsas já implementadas. Em entrevista ao Jornal da Universidade de São Paulo (USP), o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo, disse que a instituição pagará as bolsas de agosto normalmente, mas que não há garantias para o futuro: “de setembro em diante, não tem como pagar mais nada. A folha de agosto, essencialmente, zera o nosso orçamento”, disse.
A fim de oficializar a suspensão, por parte do CNPq, de bolsas para a UFCA, foi publicado um aditivo ao edital 04/2019/PRPI/UFCA. Como se trata de um momento de contingenciamento de recursos, no entanto, não há garantia futura do subsídio das demais bolsas, dado que o CNPq pode vir a cortá-las. Reiteramos que recursos próprios da UFCA para o pagamento de bolsas Pibic/Pibiti estão garantidos para 110 bolsas.
A UFCA, por meio do dedicado trabalho da PRPI/UFCA, mantém firme o propósito de defender a ciência no Brasil e na região do Cariri, repudiando quaisquer tentativas de descaracterizar o longo e árduo processo de avanço em pesquisa e inovação que alcançamos.