O casal acusado de matar a bebê
Maria Esther na terça-feira (20) teve prisão preventiva decretada nesta
sexta-feira (23) e foram indiciados por homicídio qualificado. A
mãe e o padrasto da menina teriam espancado a criança de um ano e dez
meses até a morte, no Bairro Canindezinho, em Fortaleza.
A decisão foi feita pela juíza
Flávia Setúbal, titular da Vara de Audiências de Custódia da Capital,
que pontuou a brutalidade do crime cometido por Ana Cristina Farias
Campelo e Franciel Lopes de Macedo. “A gravidade em concreto da
conduta atribuída aos acusados é bastante elevada, diante da crueldade
particular em que executaram o crime em apuração. A existência do delito
e os indícios da autoria, decorrem das circunstâncias da prisão. Disse
ainda que a prisão garantia a conveniência da instrução criminal”.
Ana Cristina Farias Campelo e Franciel
Lopes de Macedo foram presos na quarta-feira (21), sendo conduzidos à
Delegacia de Capturas de Fortaleza (Decap). Na manhã desta sexta-feira,
Ana Cristina foi transferida para o Instituto Penal Feminino Auri Moura
Costa, em Aquiraz.
Depoimento falso
Na noite de terça (20), Ana Cristina relatou à polícia que estava com o padrasto e a criança numa bicicleta, quando foram abordados por um casal armado que exigiu que entregassem a menina. Ela chegou a pedir que a imagem da filha fosse divulgada para auxiliar nas buscas. O suposto roubo teria acontecido no Bairro Pajuçara, em Maracanaú, também na região metropolitana na capital.
Na noite de terça (20), Ana Cristina relatou à polícia que estava com o padrasto e a criança numa bicicleta, quando foram abordados por um casal armado que exigiu que entregassem a menina. Ela chegou a pedir que a imagem da filha fosse divulgada para auxiliar nas buscas. O suposto roubo teria acontecido no Bairro Pajuçara, em Maracanaú, também na região metropolitana na capital.
As suspeitas de que a mãe e o
padrasto seriam os responsáveis pelo sumiço da criança surgiram após uma
tia da menina informar à polícia que viu o casal saindo de casa com
Maria Ester envolta em um lençol. Ela contou, ainda, que a menina chorava demais e exigia muita atenção da mãe.
Ela disse, ainda, que o casal teria
armado a história do rapto para despistar qualquer suspeita em relação
ao desaparecimento da criança. O padrasto e a mãe de Maria Ester estão
juntos há cerca de quatro meses.
De acordo com o delegado Daniel Coelho,
do Núcleo de Homicídios de Maracanaú, a criança sofria rejeição do
padastro, Franciel Lopes de Macêdo, pelo fato de não ser filha dele e a
mulher, Ana Cristina Farias Campelo, concordava com as agressões
praticadas pelo companheiro contra a menina. A criança tinha epilepsia e demandava muitos cuidados da mãe.
Conteúdo: G1