A Polícia Federal (PF) está investigando
indícios de sabotagem de serviços prestados e sistemas internos do
Ministério da Educação. O ministro Abraham Weintraub anunciou nesta
quinta-feira, 8, em entrevista coletiva, que a pasta tem sofrido ataques
cibernéticos há algumas semanas e que isso tem prejudicado alguns
produtos oferecidos pelo portal na Internet.
“Não estamos acusando ninguém, mas há indícios fortes
de sabotagem que nos levaram a acionar a Polícia Federal. Não é nosso
papel investigar”, explicou Weintraub. Segundo ele, a população não será
prejudicada pelos ataques. “Qualquer serviço que for suspenso terá
prazo ampliado”, assegurou.
O Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo
de Financiamento Estudantil (Fies) são os principais afetados pelo
problema. Segundo técnicos do Ministério, os dois serviços estão
intermitentes desde a última segunda-feira, 5. Outro produto afetado é o
Sistema Presença, utilizado para o pagamento dos benefícios do Bolsa
Família. O MEC ainda detectou prejuízos no funcionamento do principal
sistema de negócios da pasta, conhecido como SiMEC.
Os portais do ProUni e do Fies estão intermitentes, ou seja, em funcionamento parcial.
O Sistema Presença ficou fora do ar de 1º a 5 de agosto, mas já foi
plenamente restabelecido. Segundo o secretário-executivo do MEC, Antonio
Paulo Vogel, a ideia é que as prorrogações sejam proporcionais ao tempo
de instabilidade no serviço. “A orientação do ministro é prorrogar pela
quantidade de dias em que o serviço sofreu com indisponibilidade”,
afirmou.
Os prazos atuais são os seguintes:
- ProUni: alunos matriculados em instituições de ensino
superior têm até 30 de setembro para se candidatar às bolsas
remanescentes. Para os não matriculados vai até 16 de agosto;
- Sistema Presença: o envio das informações pode ser feito até 14 de agosto;
- Fies: renegociação de dívidas até 10 de outubro.
Ainda não há uma previsão de prazo para prorrogação. De
acordo com a pasta, é necessário saber o tempo que cada sistema ficou
afetado até o restabelecimento total dos serviços. o Ministério afirma
ainda que técnicos estão trabalhando para reestabelecer todo o
funcionamento o mais rapidamente, mas não há prazo para que os serviços
estejam totalmente normalizados.
Com informações da Agência Brasil