Conhecida
popularmente como a "Rainha do Sertão Central", Quixadá torna-se
marcante no território cearense pela beleza única das suas paisagens com
formações rochosas, pelos açudes que espelham o pôr do sol e pelos
pontos históricos que são tesouros culturais do Ceará. São cartões
postais da cidade a Pedra da Galinha Choca, o Açude do Cedro, os
monólitos dentre o cenário sertanejo, o Santuário, o Memorial da
escritora Rachel de Queiroz. Este conjunto de atrações visuais repleto
de significado tem atraído turistas do estado, do Brasil e do munto
inteiro. Mas não apenas com o intuito de passeio: há grupos que se
aventuram por solo quixadaense para os desafios dos esportes de
aventura.
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A
geografia de Quixadá apresenta condições ideias para a prática de
atividades radicais, como os voos de parapente, as escaladas, o rapel,
bike cross, arvorismo, off-road, além das trilhas íngremes sobre as
rochas e morros espalhados pelo parque ecológico local. Ao longo do ano,
as empresas especializadas na oferta do turismo de aventura são
acionadas por grupos de turistas nacionais e internacionais. Com o
crescimento ano a ano desta procura por aventura, o trade turístico da
cidade ganha com a fomentação da economia local e mais oportunidades de
negócio para a população diante do fluxo turístico.
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Proprietário
da Monólitos Adventure, empresa especializada no turismo de aventura,
Kido Aranha trabalha com esse nicho turístico desde 2002, orientando
interessados pela prática de escalada, rapel, trilhas e voo livre. Ele
explica que, nos últimos anos, a divulgação mundial de informações sobre
as estruturas de monólitos únicas de Quixadá foi crucial para que os
praticantes de esportes voltassem os olhos para a cidade. "O
esporte de aventura em si tem crescido nos últimos anos, graças às boas
divulgações e a prática de atividades radicais ganhando cada vez mais
adeptos. O contato com a natureza está sendo percebido agora como um
recarregador de baterias. Quando você vivencia ao mesmo tempo a
adrenalina e o prazer de estar realizando algo da magnitude de um desses
esportes, é algo que fica marcado como uma experiência de vida para
sempre. E Quixadá já é uma cidade conhecida nacional e mundialmente pela
terra dos monólitos. Temos aqui uma área específica para o voo livre,
onde tivemos vários anos seguidos quebras de recordes nacionais e
internacionais. Naturalmente é um cenário propício para aventura",
afirma Kido.
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Os
curiosos pelas aventuras no Sertão Central hoje conseguem um caminho
bem simples para garantir segurança e total proveito: guias turísticos e
de atividades radicais na cidade oferecem suporte com estrutura e
logística para receber os turistas, e a cidade dispõe também de boas
opções na rede hoteleira e programações culturais variadas para
apreciação dos visitantes. "A cada dia que passa e a cada
cliente que aqui vem e leva sua experiência para fora do estado, o
turismo de Quixadá vai ganhando mais notoriedade e nós do turismo de
aventura ganhamos mais clientes. Hoje em Quixadá temos o Vale Perdido, a
Fazenda Magé, o Santuário, o Parque do Cedro, o resort da Pedra dos
Ventos. Além de ter uma demanda natural aqui em Quixadá, já existem
vários pontos pré-estruturados que atende a demanda desde iniciantes até
os mais profissionais", complementa o dono da Monólitos Adventure.
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Kido
Aranha orienta ainda que o ideal para o turista que vai até Quixadá com
intenções de praticar o turismo de aventura é que já tenha uma
experiência mínima na prática das atividades. Caso não tenha, é
recomentado começar com calma: uma trilha mais suave, um rapel com
pontos de acesso fáceis, de acordo com as limitações de cada iniciante,
até que ganhe mais confiança e técnica para seguir aos desafios
maiores. Dentre as atividades mais procuradas está a escalada
nas pedras do Parque do Cedro, onde pode se ter uma vista quase completa
de toda a área urbana de Quixadá, ao lado da formação natural da
Galinha Choca, e o voo livre a partir do Santuário, ponto conhecido
pelas termais propícias a planar por longas distâncias e com o cenário
do sertão e das serras a ser contemplado das alturas.
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Cada
cenário de aventura em Quixadá carrega intrinsecamente informações
ricas em detalhes sobre o desenvolvimento do Ceará por entre os séculos.
Para isso, também é ofertado aos turistas na localidade serviços de
guias turísticos voltados à perspectiva cultural e da história da
cidade. Formado em Turismo, Haulivan Ferreira trabalha na realização de
trilhas com explicações históricas sobre os principais pontos do
município.
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"Aqui
na Região do Sertão Central, Quixadá se destaca por ser uma das cidades
que têm aporte turístico muito grande. A gente pode começar desde a
parte natural, com os monólitos que hoje fazem parte das cadeias famosas
do mundo, pois a formação rochosa que se encontra em Quixadá só vai ser
encontrada em outro local do mundo na China. Pode-se desenvolver também
o turismo religioso, com o Santuário nas suas festividades, e o
cultural no qual você vai trabalhar tanto a parte histórica de
desenvolvimento da cidade desde o final do século XIX e início do século
XX, o Chalé da Pedra, o Museu Histórico Jacinto de Souza, a Praça José
de Barros, que foi de onde a cidade começou a se desenvolver. São muitos
os aspectos que podem se desenvolver na atividade de guiamento",
explica.
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Haulivan
lista que os principais pontos procurados são o Açude do Cedro, por sua
carga histórica de ter sido uma das primeiras grandes obras de combate à
seca realizadas pelo governo brasileiro (a ordem de construção foi dada
por D. Pedro II em decorrência do grande impacto social provocado pela
seca de 1877-1879), o Chalé da Pedra, que é uma casa construída em cima
de uma formação rochosa e hoje abriga o memorial da escritora Rachel de
Queiroz, e também a visita à Fazenda Não Me deixes, de propriedade da
família de Rachel.