A luta pela moradia digna, contra os
desastres ambientais, contra os cortes na educação, a privatização,
reformas e aos retrocessos sociais. Estas foram algumas das bandeiras
levantadas no 25º Grito dos Excluídos, na manhã deste sábado, dia 7, em
Fortaleza.
A concentração começou por volta das 8 horas
em frente à Escola Frei Tito de Alencar, na Av. Dioguinho, 5927, na
Praia do Futuro. E de lá segue pela avenida com destino na avenida até a
praça Dom Helder Câmara.
Ao longo do trajeto, os manifestantes realizam três
paradas, enfatizando os três "Ts" destacados nos discursos do Papa
Francisco: Terra, Teto e Trabalho. O lema deste ano é o “Este sistema
não Vale!”.
“Nós queremos chamar atenção principalmente das
autoridades para a falta de saneamento básico, segurança pública, a
falta de saúde, educação que tanto está afetando nossos jovens. Este
sistema econômico que está imposto para nós não vale. Está acabando com
nossas florestas, rios, casas e direitos. Estamos vivendo uma série de
retrocessos sociais”, afirmou o coordenador de articulação das pastorais
sociais da Arquidiocese, Ítalo Morais.
Durante a manifestação, vários estudantes, contrariando
ao apelo feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para que
usassem verde e amarelo neste 7 de setembro, usaram preto.
A estudante Carla Azevedo, 18 anos, é uma delas. Pelo
terceiro ano seguido, prefere acompanhar o Grito dos Excluídos aos
desfiles militares. “Não podemos ficar de braços cruzados a tudo que
está acontecendo. Estão tirando nossos direitos, acabando com nossas
universidades”.
Centrais sindicais e lideranças de movimentos sociais
também participam da caminhada.”A gente está na ruas contra contra a
violência, em busca dos direitos, mais moradia, menos ódio”, defendeu
Elizabeth Vieira, dos Movimentos Populares do Jangurussu-Palmeira.
o Povo