Presidente da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) que investiga contratos suspeitos em Caucaia, a
vereadora Emília Pessoa (PSDB) disse que o prefeito da cidade, Naumi
Amorim (PSD), será ouvido na Casa.
A tucana foi escolhida hoje para comandar os trabalhos
da comissão, que terá 120 dias, prorrogáveis por igual período, para
apontar se houve irregularidades no decreto emergencial que permitiu
contratações com dispensa de licitação no município da Região
Metropolitana.
“Vamos escutar as partes envolvidas. O prefeito
possivelmente será ouvido”, disse Emília. Além da parlamentar, integram a
CPI outros seis vereadores – quatro deles de oposição, incluindo-se a
presidente.
Na última sexta-feira, Naumi entrou com mandado de
segurança para impedir o funcionamento da CPI, mas o pedido foi negado
pela Justiça.
Segundo a vereadora do PSDB, que deve ser candidata ao
Executivo de Caucaia em 2020, há nos contratos assinados pelo prefeito
“indícios de irregularidades e de compras feitas sem licitação”. Entre
eles, estão despesas gráficas e de coleta de lixo, sem que os serviços
tenham sido justificados.
Emília pondera ainda que foi eleita para presidir a
comissão “de maneira transparente” e que irá garantir “transparência e
responsabilidade” na condução dos trabalhos.
“Não é uma CPI de acusação, é de investigação”, completou.
Fazem parte do colegiado os vereadores Enéas Goes
(PTC), Germana Sales (PMB) e Dimas (Avante), os três da base. E, pela
oposição, Emília (PSDB), Mickauê (PR), Jorge Luís (Pros) e Evandro
Maracujá (PR).
O povo