Uma divergência entre o número de
eleitores e o total de votos apurados na eleição do PT em Cariacica
adiou por mais um dia o fechamento dos resultados gerais e definitivos
da disputa interna do partido. Em uma das três urnas do município foram
contabilizados 29 votos a mais que o total de presentes, informaram
outros petistas.
Os petistas escolheram presidentes dos
diretórios de 52 cidades e também votaram para as chapas estaduais. No
PT, as respectivas votações dessas chapas define a proporção de
delegados partidários que cada uma terá. Esses delegados – são 250, ao
todo – elegem o presidente do partido no Estado, função hoje ocupada
pelo ex-prefeito de Vitória João Coser.
O presidente do processo eleitoral,
Simonetti não quis detalhar o motivo da polêmica. Contudo, a reportagem
do jornal GazetaOnline confirmou a divergência no número de votos com
quatro petistas inseridos no processo eleitoral. Um deles, o ex-deputado
estadual José Carlos Nunes, da corrente interna Construindo um Novo
Brasil (CNB). O candidato do grupo à presidência do PT de Cariacica
apresentou recurso.
“Foi detectada uma quantidade de votos a
mais do que constava na lista de presença. Tinha mais voto do que
assinatura. Foram 29 a mais, quase 10% dos 320 votos da urna. A urna tem
que ser impugnada. Tem indício de fraude nessa urna. Se fossem um, dois
ou três, talvez a pessoa que votou esqueceu de assinar. Mas 10% é no
mínimo suspeito”, disse Nunes.
Cariacica é reduto eleitoral do deputado
federal Helder Salomão, que tenta assumir o controle do partido no
Espírito Santo. Ele disputa com a microempresária Jackeline Rocha.
Candidata do PT ao governo do Estado em 2018, ela é apoiada por Nunes e
por Coser.
Fonte: Gazeta Online