No Ceará, já foram aplicadas 116. 867 mil
doses da vacina contra sarampo em crianças de seis meses a menores de
cinco anos. Esse é o público alvo da primeira etapa, que começou dia 7
de outubro e segue até sexta-feira, dia 25. Ana Rita Cardoso,
coordenadora de imunizações do Ceará pela Secretaria da Saúde do Estado
(Sesa), explica que essa campanha é seletiva e “tem o objetivo de
resgatar crianças não vacinadas”.
“As crianças menores de 5 anos apresentam
maior risco de desenvolver complicações, tais como cegueira, encefalite,
diarreia grave, infecções no ouvido, pneumonias e óbitos por sarampo”,
reforça Rita. De acordo com o Ministério da Saúde, a priorização do
grupo das crianças menores de cinco anos, na primeira etapa, deve-se à
elevada incidência da doença nesta faixa etária, considerando os surtos
registrados em 2019.
Neste ano, até 5 de outubro, foram notificados 177
casos da doença no Ceará. Destes, 124 descartados, cinco casos
importados confirmados e 48 em investigação. A recomendação do
Ministério da Saúde é alcançar cobertura vacinal de 95% do público alvo.
Nesta primeira etapa, foram vacinadas 116 mil crianças. A assessoria
não informou se a meta já foi batida. O POVO Online aguarda informações
sobre essa quantidade na faixa de ate 5 anos. A segunda fase é voltada
para pessoas de 20 a 29 anos que não estão com a caderneta de vacinação
em dia. Ela vai de 18 a 30 de novembro.
Em Fortaleza, 113 postos de saúde estarão abertos para
vacinar o público alvo. A Capital já teve três casos de sarampo
registrados. No Ceará, também houve registro em Icó e Jaguaribe, sendo
um caso em cada município. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde
(SMS), todas as unidades da Capital estão abastecidas com doses da
tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.
“A única forma de se prevenir da doença é sendo
imunizado pela vacina. Então, aqueles que nunca tiveram a doença ou
nunca se vacinaram, correm o risco de contrair a doença”, explica a
coordenadora. No Ceará, os casos de sarampo são chamados de
“importados”, que faz referência às pessoas que contraíram a doença fora
do local de residência de 7 a 21 dias prévios ao aparecimento dos
sintomas.
“Os riscos que o estado pode sofrer são se, a partir
desses casos, ocorrer sustentabilidade na transmissão e novas pessoas
forem infectadas com o vírus, iniciando assim uma cadeia de transmissão
local e não mais importada”, complementa Ana Rita. A vacina no SUS é
segura e estará disponível em todos os postos de saúde dos 184
municípios, conforme a Sesa.
Cadastro no SUS e a caderneta de vacinação são os
documentos necessários para esta primeira etapa. Se a criança não
estiver cadastrada, o responsável deve levar documento de identidade,
comprovante de endereço e certidão de nascimento do bebê.
O POVO