O Castanhão, maior açude da América Latina e localizado no Interior do Ceará, atingiu um dos seus piores níveis da história. O reservatório tem capacidade de 6,7 bilhões de m³ de água, mas seu volume conta com apenas 3,87% do total.
Apesar da situação crítica do
reservatório, uma consequência da seca que o Estado acumulou ao longo
dos últimos anos, o diretor de operações da Companhia de Gestão e
Recursos Hídricos do Ceará, Bruno Rebouças, diz que o nível atual baixo é normal, tendo em vista a época do ano.
“As chuvas nessa época do ano não têm
capacidade de gerar escoamento e posse nos reservatórios, então é
natural que, em todo o segundo semestre, o reservatório diminua de
volume”, explicou o diretor.As chuvas do primeiro semestre do ano
fizeram a reserva hídrica subir de nível, e a recarga foi de 5,5%. A
partir de junho, após a quadra chuvosa, o nível voltou a cair. Em
fevereiro de 2018, o açude atingiu o pior nível histórico. Na época, a
capacidade do açude chegou a apenas 2,1%, considerado nível morto.
Com o agravamento da seca no
Estado e o nível do reservatório em queda, desde 2015 a transferência de
água do açude para a capital cearense e Região Metropolitana passou a
ser restrita. Desde então, Fortaleza passou a ser abastecida
pelo açude Gavião, desde que a recarga dos reservatórios garanta o
repasse de água para as cidades da Região Metropolitana.
Segundo o Governo Federal, as águas do
Rio São Francisco devem começar a chegar ao estado em março e devem
recarregar o Castanhão, juntamente à quadra chuvosa do primeiro semestre
de 2020.
Conteúdo: TribunadoCeará