Agropacto exibe case de Jaguaribe para produtores cearenses

Blog do  Amaury Alencar

Na semana passada, mais um case de sucesso na fruticultura do Ceará foi apresentada pelo Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropacto), promovido pelo Sistema Faec/Senar-CE. Trata-se do Natchup, tipo de katchup 100% orgânico, feito à base de acerola, abóbora e beterraba – que ganhou, inclusive em 2018, o prêmio internacional Sial Inovation, na maior feira de alimentos da França –, e, desde janeiro último, já está disponível nos principais supermercados do Estado.




O condimento é produzido pela empresa Frutã – nascida em 2002, na cidade de Jaguaribe e que, hoje além produzir de polpa de fruta orgânica, com uma produção mensal de 600 a 800 kg de polpa e industrializa um katchup 100% orgânico. Hoje, a empresa já exporta 14 tipos de polpa de fruta orgânicos, para sete países, como Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Porto Rico, Caribe, entre outros do mercado europeu. Os consumidores europeus estão a cada dia buscando alimentos mais saudáveis e esse é um grande nicho de mercado, que nós produtores temos que buscar, que estão à nossa disposição.

Desenvolvimento
O projeto teve a participação do Núcleo de Engenharia de Alimentos da UFC, que em 2018, desenvolveu o Natchup, que está sendo bastante consumido no Ceará e em alguns estados como Piauí, Rio Grande do Norte, enquanto que a meta é partir, também, para a exportação. Hoje, a empresa gera cerca de 100 empregos.

O diretor da empresa, Benicio Nogueira Diógenes Júnior, destacou a Frutã como uma grande lição de persistência e empreendedorismo, sempre focado no lançamento de novos produtos, ressaltando a importância da persistência, da capacitação e uma boa consultoria para o empresário. Segundo ele, a Frutã começou como uma empresa familiar constituída por três irmãos e operando desde 2003 produzindo e vendendo frutas na feira de Jaguaribe e em 2007 já iniciava o processamento de polpa de frutas pasteurizada com o lema levando mais sabor a mesa dos consumidores.

Ele informou que a empresa está focada agora na industrialização do maracujá, que juntamente com a acerola são duas frutas com maior demanda no mercado nacional e internacional. Nos anos de 2016 e 2017, a empresa teve um grande foco no mercado internacional, mas em 2018/2019, houve um crescimento linear de consumo do mercado interno, liderado pelas regiões Sul e Sudeste. A meta agora é ampliar o mercado e a produção e introduzir o maracujá como commodities, uma fruta que se apresenta como maior demanda no mercado exportador.