Depois de recomendar a um militante que "esquecesse" o PSL, o presidente
Jair Bolsonaro pediu nesta sexta-feira (11) ao presidente nacional do
partido, deputado federal Luciano Bivar (PE), uma relação completa de
fontes de receitas, despesas e funcionários, além da descrição das
atividades dos dirigentes partidários custeadas pela própria legenda. De
acordo com o G1, o partido irá contra-atacar e solicitar uma auditoria
nas contas da campanha do presidente.
O objetivo de Bolsonaro é usar os documentos, que devem ser apresentados
em um prazo de cinco dias, para promover uma auditoria independente.
Apoiado por 20 deputados federais e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
o pedido do presidente marca um novo capítulo na crise instalada dentro
do partido.
Conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro e um grupo
de parlamentares decidiram pedir uma auditoria nas contas do PSL para
avaliar como foram utilizados os recursos públicos recebidos por meio do
Fundo Partidário. A medida tem como foco Bivar, com quem Bolsonaro
trava um duelo nos últimos dias pelo controle do partido. Ao se referir a
Bivar, o presidente disse nesta semana que o deputado "está queimado
para caramba" em Pernambuco.
O PSL deve receber só neste ano cerca de R$ 110 milhões de recursos
públicos via Fundo Partidário, que é usado para bancar despesas do dia a
dia das legendas, como aluguel de imóveis, passagens aéreas, realização
de eventos e contratação de pessoal.
Com informações do Estadão Conteúdo