Alinhado
ao Governo Federal, deputado Heitor Freire protocola projeto para prender
agressores reincidentes de violência doméstica
O
presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira, 8, dois projetos que
ampliam proteção a vítimas de violência doméstica. Os PLs alteram trechos da
Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), e preveem a apreensão da arma do agressor
em 48 horas, e a garantia de matrícula no ensino público para filhos de mulher
agredida.
FOTO INTERNET
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Atento
à pauta em defesa do endurecimento de penas para crimes como violência contra
mulheres, o deputado federal Heitor Freire (PSL-CE) elaborou o PL 3418/2019,
que prevê a decretação da prisão preventiva em casos de reincidência. Para
Freire, a matéria, se aprovada e virar lei, representa mais um avanço na
legislação penal do país que, segundo ele, precisa passar por uma
reestruturação.
"No
meu estado, até junho deste ano, 85 mulheres foram assassinadas, vítimas de
violência doméstica, crimes cometidos, na maior parte dos casos, por maridos,
namorados ou ex-companheiros. Uma forma de evitar que as agressões resultem na
morte da vítima é endurecer a pena para reincidência nesse crime. A lei tem que
ser implacável! Um covarde que bate na mãe de seus filhos, por exemplo, merece
prisão, cadeia, ficar atrás das grades! Há muitas críticas sobre o nosso Código
Penal, que é ultrapassado, brando. Isso tem que mudar!", afirma o
parlamentar, citando dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
do Ceará.
O
Projeto de Lei 3418/2019 modifica o Artigo 20 da Lei Maria da Penha. O texto do
PL determina que os juízes possam decretar a prisão preventiva quando constatada
a reincidência de um agressor em casos de violência doméstica.
"A
Lei Maria da Penha é um mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar
contra a mulher que merece respeito. Porém, o que vemos praticamente todo dia
são lamentáveis notícias de agressões e outros crimes contra mulheres. Na maior
parte dos casos, o agressor é reincidente nessa covardia", conclui Heitor
Freire.
O PL
3418 está em análise na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da
Câmara. Os textos sancionados nessa terça pelo presidente Jair Bolsonaro foram
publicados no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 9.