"Ronaldo Finalista, Viva Ronaldo!" (Do Portal Diário de Pernambuco)
Ronaldo Correia de Brito, o pernambucano dos cariris cearenses, é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, seguramente um dos prêmios mais importantes da América Latina. Já consagrado com este mesmo prêmio em 2009, o autor de Dora Sem Véu – editora Alfaguara - corre o risco de abocanhar mais 200 mil reais, que lhe permitirá uma folga financeira neste país de apertos.
Ronaldo Correia de Brito, o pernambucano dos cariris cearenses, é finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, seguramente um dos prêmios mais importantes da América Latina. Já consagrado com este mesmo prêmio em 2009, o autor de Dora Sem Véu – editora Alfaguara - corre o risco de abocanhar mais 200 mil reais, que lhe permitirá uma folga financeira neste país de apertos.
Outro
finalista forte é o paulista Paulo Schmidt, cujo romance Anjo Negro é
publicado pela Companhia Editora de Pernambuco, esta Cepe que se
solidifica no mercado editorial brasileiro com um catálogo muito forte,
deixando de ser uma mera gráfica oficial para se engajar no projeto
literário já agora responsável pelo que de mais sério e elogiável se
produz no país.
Ronaldo
é um clássico. E este seu romance volta ao brilho do belo texto junto
com Dora, a incrível personagem que se revela ao longo das 243 páginas,
envolvida em força e ternura, dessas mulheres que encantam pela beleza
da coragem e das decisões.
Intimista,
a obra vai buscar a inquietação delicada da mulher, e política,
denuncia os campos de concentração nazista de Fortaleza, num equilíbrio
de situações que somente o grande criador conhece. Dor na carne e dor na
alma – eis Dora sem véu, finalista do prêmio São Paulo e do Prêmio Rio
de Literatura. Uma lição de humanismo. E de literatura. É claro.
Chamo
ainda a atenção para o fato de que Dora tem, por assim dizer,um destino
geográfico, se deslocando pelo interior do Brasil e pelo interior do
romance, naquilo que vem ser o seu universo errante, enfrentando as
trincheiras de suas aflições e das aquestões familiares, porque já na
primeira página a narrativa anuncia:
“Dora viajava a pé com os filhos, dias e noites.”
Só
uma pausa. A vida literária do Recife, no campo da ficção está
fervendo. Basta ver o sucesso de Sidney Rocha, homenageado e consagrado
pela Bienal Internacional do Livro, realizada no Centro de Convenções -;
o sucesso da Cepe e das tantas oficinas literáris a revelar novos
valores e da poesia de Cida Pedrosa, sempre em voz alta e bela.
Tudo isso sob o patrocínio do Governo do Estado, transformando Paulo Câmara no grande animador das artes em Pernambuco.
Fonte : Diário de Pernambuco
Ceará da Gente