Os
autos de prisão em flagrante por crime de agiotagem aumentaram de 10
para 50 nos oito primeiros meses deste ano no Ceará, em relação ao mesmo
período de 2019. O mês de julho, por exemplo, contabilizou duas
prisões. Em 2019, no mesmo mês, foram oito casos.
No dia 23 de agosto deste ano uma quadrilha internacional suspeita de agiotagem foi presa no Vale do Jaguaribe. Os agentes prenderam três colombianos e uma brasileira e apreenderam mais de R$ 11 mil, além de 17 mil pesos.
Foram emitidos nove mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão.
No dia 3 de setembro a Polícia Civil cumpriu 12 mandados de prisão em uma operação que investigava a participação de colombianos em crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro na região do Cariri.
Conforme fonte da Polícia Civil, ouvida pelo O POVO
Online, nos últimos anos alguns colombianos vieram ao Brasil e há
suspeita que o dinheiro trazido por eles seria fruto do narcotráfico.
Essas pessoas seriam responsáveis por lavar dinheiro.
O narcotraficante envia o dinheiro da Colômbia para o
Brasil e os "operadores" começam a emprestar o dinheiro com juros
abusivos, em torno de 20% a 25%. São empréstimos de pequenas quantias,
entre R$ 1 mil a R$ 5 mil. Existe preferência pelos comerciante, pois a
cobrança é feita de forma semanal.
"Se o sujeito não paga é ameaçado e tem a mercadoria
tomada. É uma série de formas de ameaça no mínimo escusas. É uma prática
criminosa, mas é rentável para eles. Se o sujeito empresta R$ 1 mil, no
começo do mês, ele quer R$ 1.350", disse a fonte.
"Para chegar ao agiota mesmo, ele fica distante. Aqui,
os colombianos que são presos são operadores e o agiota mesmo é o
narcotraficante, na Colômbia", completou.
o Povo