Uma
história de superação e de milagres. É assim que a população do
Município de Banabuiú avalia o resultado da escola Albertina Ferreira
Maia, da comunidade de Rinaré. Parte do prédio veio abaixo quando estava
sendo reformado, e o que poderia ter sido um elemento de medo e de
problemas, se tornou uma forma uma razão de superação,
engajando trabalhadores e membros da comunidade. O resultado foi
conhecido na última quinta-feira (14): uma escola mais ampla e ainda
mais moderna.
Os trabalhos começaram no dia seguinte
ao desmoronamento e duraram 99 dias até ficarem prontos. O prédio conta
com sete salas de aula, que vai atender os 195 alunos do lugar e de
outras quatro comunidades vizinhas. Outras cinco salas administrativas
foram construídas. A biblioteca, além de maior, agora está
climatizada. A cozinha está mais ampla e os banheiros, a exemplo de toda
a unidade, ganhou pontos de acessibilidade.
Desde que foi construída, foi a primeira
vez, após mais 18 anos, que a escola passou por uma reforma. O trabalho
de refazer toda a estrutura do prédio faz parte da política de
modernização realizada pela prefeitura de Banabuiú em todas as escolas
da cidade. A de Rinaré é a quarta contemplada. O prefeito do município, Edinho Nobre, falou da emoção em poder finalmente concluir o trabalho.“
Na solenidade de inauguração, uma
multidão de gente se concentrou na frente do prédio antes de ser
reaberto para a comunidade. Poucas vezes se viu tantas pessoas do
vilarejo reunidas de uma vez. A cerimônia foi marcada pela emoção. A
diretora, Claudenice Gonçalves Silva, lembrou do esforço dos professores
que no período em que a escola passou pela reforma, chegaram a dividir o
espaço da pequena igreja da comunidade em mini salas de aulas, e não
deixaram de ensinar os alunos. “Valeu toda a nossa dedicação, eu estou
muito feliz em ver a nossa escola assim”.
A escola também prestou uma homenagem aos trabalhadores que atuavam na obra e que sobreviveram ao acidente.
Thiago Prudêncio, um dos homenageados, lembrou o dia trágico e não
conteve as lágrimas. “Eu só tenho que dar graças a Deus, por ele ter me
dado esse livramento e por me permitir estar vivo para ver o resultado
que foi esse grande esforço”. O irmão dele, morador da região desde
pequeno, também se emocionou e ao falar em “Livramento” se referindo à
recuperação de Thiago, recordou do período em que estudava no local que
tinha apenas duas salas. “Hoje eu tenho dois filhos, e fico muito feliz
por saber que eles vão estudar num local tão bonito e tão bom”.
Revista Central