O abastecimento na cidade foi outro ponto destacado na
reunião dos vereadores com presença de representantes da Cagece, que falou o
motivo da paralisação do abastecimento da cidade.
O Presidente da Câmara vereador Fernando Rodrigues falou da preocupação em
relação a situação da operação carro pipa e sobre as providências que serão adotadas,
ressaltando falou ainda sobre a falta de responsabilidade da empresa
construtora da Adutora do Açude Arneiroz 2 a Catarina, que entregou a obra com péssimas
condições de sustentabilidade, ou seja, serviços sem nenhuma qualidade, e
devido a isso, canos já estão danificados em cerca de mil metros, equivalente a 2km, motores com problemas,
que de deverão serem substituídos. “Isso é um absurdo, o que fizeram com nós catarinenses”,
salientou.
Ainda segundo Fernando, em relação a operação carro pipa,
todo o município reclama do abastecimento que deveria ser feito através de reservatórios
do Piauí, mas na verdade são feitos por mananciais do próprio município, e muitas
regiões estão sem serem abastecidas há mais de seis meses.
Segundo a presidência do legislativo, será encaminhado um
ofício direto para a 10ª Região Militar,
em Fortaleza, para viabilizar uma alternativa urgente para mudar este sistema de abastecimento
a operação pipa.
O município de Catarina já vem sofrendo há vários anos com a
estiagem devido o baixo índice de chuvas
da quadra invernosa e isso tem contribuído para com o que estamos vivendo hoje,
relatou um dos moradores, porém não é
justo as comunidades serem penalizadas por falta de assistência do governo, através
do exército brasileiro.
Os moradores da zona rural presente a audiência agradeceram
a preocupação da Câmara com a situação e pediu apoio das demais autoridades representativas
do município, executivo e deputados votados em Catarina para defender esta
causa tão importante e necessária.
Segundo o Coordenador
da Defesa Civil do Município, Elkeson Soares, falou da burocracia existente por parte do
exército e das dificuldades colocadas por parte do 40ºBI, que atrapalham a ação,
bem como a comunicação e os pedidos não estarem sendo atendidos.
Segundo informações, esta burocracia seria devido a alguns
casos de fraudes existentes na operação. Porem segundo Elkeson, poderia ser
feita substituição imediata por aquele pipeiro que está na fila de espera.
Foi citado um caso que uma pessoa estava deixando de jantar
para economizar água e garantir para o
almoço do dia seguinte. “E de corta coração uma fato desse”, relatou Elkeson.
Cerca de 30 apontadores estiveram presentes na Câmara e junto aos vereadores se
sentiram decepcionados com a atuação do exercito no município.
Ao final o presidente da casa, Fernando Rodrigues, informou que
se necessário for vai acionar o Ministério Público para que as devidas
providências sejam tomadas junto ao exercito.
O Município de Catarina conta hoje com apenas 8 carros-pipa em operação,
no entanto, seria essencial 25 para suprir a necessidade da população
catarinense.
Por Flaviano Oliveira - repórter.