Representantes
da sociedade civil, poderes públicos, entidades de classe e setores
produtivos estiveram na manhã desta segunda-feira (25) no Palácio da
Abolição, em Fortaleza, para o lançamento da Plataforma para Acelerar o
Crescimento Econômico com Redução de Desigualdades, que faz parte do
Programa Ceará Veloz, do Governo do Ceará. O intuito da plataforma é
criar um ambiente de negócios favorável ao crescimento econômico e,
consequentemente, reduzir as desigualdades econômicas e sociais no
estado.
O governador Camilo Santana apresentou durante quase uma
hora a estratégia do Estado para que o plano obtenha êxito. De acordo
com ele, o Ceará vem trabalhando para gerar um ambiente de negócios
favorável para o crescimento econômico. “É criar um ambiente no estado
que possa propiciar ao empreendedor as melhores condições no país para
que ele possa investir. Para isso, a gente definiu que primeiro
precisamos investir em capital humano, e é isso que o Ceará tem feito,
investindo em educação, pesquisa, universidades, escolas
profissionalizantes, porque quando uma empresa se instala ela quer mão
de obra qualificada. Depois, em infraestrutura, então o Estado criou uma
estratégia com os seus três HUBs: portuário, tecnológico e aéreo. Mas,
para isso, precisamos criar também uma condição dentro do próprio
governo para desburocratizar e vamos transformar isso tudo em uma
questão digital. Vamos ter um ambiente de negócio com todas as
instituições concentradas e um único ambiente físico. É todo um
redesenho que estamos fazendo com um único objetivo: fazer o Ceará
crescer ainda mais rápido com uma condição – redução da desigualdade”,
destacou Camilo.
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Dentre
as estratégias, está o incentivo por parte do Governo do Ceará em 11
áreas em que o estado pode se desenvolver economicamente: cadeia
produtiva de saúde, energias renováveis, rede de segurança hídrica, polo
de inovação em tecnologia da informação, têxtil e calçados,
agronegócio, logística, HUBs (aéreo, portuário e tecnológico), economia
do mar, turismo e, por fim, economia criativa. A ideia é mostrar o que o
estado tem a oferecer de forma a atrair mais investimentos. “Vamos
focar nesses 11 clusters, que são as atividades com potencial que estado
tem para fortalecer a questão da estratégia do crescimento econômico”,
disse o governador.
O chefe do Executivo estadual enalteceu o
trabalho conjunto entre o poder público e a a cadeia produtiva na
construção desse plano. “É a consolidação e a reestruturação do próprio
Governo, não só do ponto de vista digital, mas do ponto de vista físico,
apesar do que a gente já vem avançando. A gente já vem trabalhando e
agora estamos consolidando isso tudo em uma plataforma. Esse foi um
processo discutido com o CIC (Centro Industrial do Ceará), Fiec
(Federação das Indústrias do Ceará), agronegócio, quais são as
infraestruturas logísticas importantes que o Estado tem que investir.
Nós estamos chamando isso de uma pactuação, cada um precisa fazer o seu
papel. Esse é um processo contínuo, com diálogo, principalmente com o
setor produtivo, que é realmente quem investe no ponto de vista da
economia, de emprego, de negócios. O papel do Estado é dar as condições e
ser um animador desse processo”, enfatizou Camilo Santana.
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Confiança O
Ceará vem atuando há algum tempo para alicerçar um ambiente de negócios
atrativo para o mercado. Esse trabalho de base bem feito faz com que
Maia Júnior, secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, se
mostre confiante no sucesso da iniciativa. “O Ceará está pronto. Ele tem
uma plataforma de negócios moderna, com seus processos redesenhados,
com a regra do jogo definida. Tem uma estrutura de capital humano que
nos permite pensar em produtividade, em aumento de competitividade das
empresas cearenses. As nossas escolas, universidades, rede de
infraestrutura e ecossistemas tecnológicos, a base da inovação, economia
de conhecimento presente no Ceará. E temos uma infraestrutura de nova
geração. Tudo necessário para fazer uma economia nova e diversificada
que faz o Ceará sonhar com o futuro e me dão a certeza de que estamos no
caminho certo”, ressalta o secretário.
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A
confiança de Maia Júnior vem embasada nos números recentes da economia
cearense. “O número de protocolos firmados entre janeiro e outubro de
2018 e 2019 são praticamente os mesmos, mas os investimentos desses
protocolos em 2019 cresceram 55%, o que mostra o vigor da nossa
economia. Os empregos diretos, em meio a uma crise, também cresceram.
Somos o sétimo estado em geração de emprego no Brasil. Nosso Produto
Interno Bruto dobra (proporcionalmente) o do Brasil nos primeiros seis
meses desse ano”, pontua.
Mesmo localizado em uma parte do Brasil
que possui algumas peculiaridades que por vezes se tornam empecilho
para o desenvolvimento, o trabalho que vem sendo construído no Ceará tem
deixado o setor produtivo confiante. Para Carlos Prado, vice-presidente
da Federação das Indústrias do Ceará, as próximas gerações já colherão
os bons frutos do que está sendo plantado.
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“Aqui
no Nordeste, e no Ceará em particular, nós tínhamos uma série de
carências e que vão desaparecendo. A da energia elétrica, que já foi
citada, o estado hoje é um exportador. Carência na área da educação e
que o Ceará hoje na educação básica já se mostra líder nacional. O
Ceará, infelizmente, detém maior parte da sua área na região semiárida,
uma região de solos diversificados e que oferece muita dificuldade para
sua exploração. Além disso, a falta de água para exploração desse
interior, que poderia estar fazendo com que a população encontrasse um
futuro e pudesse se desenvolver com rapidez. Mas o Ceará começou a
encontrar um caminho para superar isso com a educação
profissionalizante, em que o Ceará já vem se destacando, que é o único
meio de a gente conseguir que daqui uma ou duas gerações esses jovens
venham a compor um futuro brilhante para essa região, graças ao
conhecimento. É esse novo horizonte que a gente pode ter esperança de
enxergar como grande futuro para o estado, mas basicamente galgado no
trabalho já iniciado com a educação. É essa a esperança da nossa
indústria”, enalteceu Carlos Prado.
Durante o lançamento, foi
assinado o decreto instituindo o programa de otimização e simplificação
do ambiente de negócios e que cria o comitê de governança da Plataforma,
liderado pelas secretarias do Desenvolvimento Econômico e Trabalho
(Sedet), do Turismo (Setur), do Desenvolvimento Agrário (SDA), da
Cultura (Secult) e da Ciência, Tecnologia e Educação Superior
(Secitece), mas envolvendo ainda mais 14 secretarias e órgãos (Casa
Civil, Seduc, Sefaz, Seinfra, SCidades, Seplag, SRH, SEMA, SSPDS, PGE,
Semace, Corpo de Bombeiros, Ipece, Etice, Funcap).