Voluntários pedem socorro para continuarem acolhendo parentes de pacientes da UTI do HRSC em Quixeramobim

Blog do  Amaury Alencar



Uma iniciativa de voluntários anônimos está reduzindo o sofrimento de quem tem algum parente internado no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, mas mora em lugares distantes. Como a unidade de tratamento não permite a permanência dos acompanhantes dos doentes na UTI, muitos estavam sofrendo e os mais carentes até dormindo ao relento e muitas vezes sem nenhuma refeição até o dia seguinte.




Pensando nesses visitantes, o grupo de amigos da

cidade se mobilizou. Eles pediram e a prefeitura resolveu apoiar a causa, que recebeu o título de Projeto Acolhe-me Coração do Ceará. A administração municipal cedeu duas salas no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma para os hospedes do sexo masculino e a outra para o feminino, também realiza o transporte dos alojamentos até o hospital nos horários das visitas e ainda disponibiliza uma assistente social.


Entretanto, para garantir a totalidade da assistência aos hospedes o Projeto Acolhe-me está precisando de donativos em alimentos, dentre eles açúcar, café e leite. Também as refeições dos domingos, já que o restaurante que fornece a alimentação funciona de segunda ao sábado. As doações podem ser feitas na própria unidade da UAB. Neste mês amigos do Acolha-me pretendem realizar um bingo para aquisição de um Gelágua, e de ventiladores para os alojamentos.
 

Projeto Acolhe-me Coração do Ceará
Doações > (88) 9 9789 6574
Polo UAB Quixeramobim
Av. Joaquim Fernandes, 382 – Centro

Preconceito

Outro problema está relacionado ao local do abrigo. O prédio é público, com atendimento de outros  serviços, há muito movimento e os hospedes não tem privacidade. “Eles também são observados com maus olhos e até discriminados por algumas pessoas. Não são bem vindos e nem bem vistos. A maioria é um público vulnerável e de fragilidade psicológica, por conta do familiar doente, muitas vezes em estado grave. Além dos 22 municípios referência, acolhemos pacientes de todos os cantos do Ceará e até do Rio Grande do Norte e Maranhão. O fluxo é muito intenso”, ressalta a assistente social Anna Hellen. 


Sertão Alerta

Fotos > Alex Pimentel