Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho é preso ao chegar ao Brasil
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personBlog do Amaury Alencar
dezembro 20, 2019
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O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho
(PSB) foi preso ao desembarcar no Brasil na noite de quinta-feira 19.
Ele recebeu voz de prisão da Polícia Federal no aeroporto de Natal,
capital do Rio Grande do Norte, ao retornar de uma viagem internacional.
Em seguida, foi conduzido para sede da PF em João Pessoa, onde deve
passar por audiência de custódia ainda na manhã desta sexta.
Ricardo Coutinho é alvo de um dos 17 mandados de prisão
preventiva emitidos pela Operação Calvário, deflagrada na terça-feira,
17. A operação investiga desvios de recursos públicos na área da saúde
no estado da Paraíba, governado por Coutinho entre 2011 e 2018. Ao
receber a notícia do mandado de prisão, o ex-governador afirmou que
anteciparia a volta da viagem de férias que fazia com a família. Além de
Coutinho, deputados, prefeitos e secretários foram alvos da operação.
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De acordo com as investigações, o valor desviado chega a 134 milhões
de reais, sendo que pelo menos 120 milhões de reais teriam sido
destinados a agentes políticos e a campanhas eleitorais em 2010, 2014 e
2018. A PF afirma que os desvios ocorriam por meio de fraudes em
licitações e em concursos públicos, corrupção e financiamento de
campanhas eleitorais e superfaturamento de equipamentos, serviços e
medicamentos.
De acordo com acoluna Radar,
a ação promete ter consequências no Rio de Janeiro. Um dos
colaboradores dessa fase da operação é o empresário Daniel Gomes da
Silva, que liderava o esquema desmontado pelos investigadores. Em uma
delação homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, ela relatou seu
envolvimento com a campanha de Wilson Witzel.
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Segundo a PF, o grupo criminoso organizou uma rede de prestadores de
serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos
com sobrepreço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape (PB) e o
Metropolitano em Santa Rita (PB). As investigações verificaram o uso
eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e
fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano
em 2018.