Manifestantes discutem por falta de menção a Bolsonaro durante ato pela prisão em segunda instância na Praça Portugal

Blog do  Amaury Alencar



Caso aconteceu na tarde deste domingo, 8, durante protesto na Praça Portugal, na capital cearense
Caso aconteceu na tarde deste domingo, 8, durante protesto na Praça Portugal, na capital cearense (Foto: Felipe Pereira / O POVO)
Manifestantes ligados a grupos de direita realizam manifestação em defesa da prisão em segunda instância durante este domingo, 8, em diversas capitais pelo Brasil. Em Fortaleza, participantes chegaram a discutir com organizadores devido à falta de menção ao nome do presidente Jair Bolsonaro durante uma das falas. Movimento ocorre na Praça Portugal desde o fim da tarde.

As pessoas pediam a volta da prisão para réus condenados em segunda instância pela Justiça. A decisão foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado, o que permitiu a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da cadeia.

Coordenador do movimento VemPraRua.net e organizador do evento na capital cearense, Marcelo Marinho ressaltou ao O POVO que o movimento é uma “continuidade importante da batalha pela prisão após segunda instância”. Ele defendeu a pauta principal e afirmou aos manifestantes que o ato também recebeu os apoiadores de Jair Bolsonaro.

O POVO registrou, no entanto, uma desavença entre grupo de manifestantes que reivindicavam menção ao nome de Jair Bolsonaro no ato. Uma manifestante que preferiu não se identificar afirmou que ela e seus colegas apoiam o presidente “em gênero, número e grau”.

“E como depois da eleição houve uma ruptura das pessoas que surfaram na onda Bolsonaro, nós estamos com o pé atrás para não acreditar em qualquer um que venha com palavras lisonjeiras. Aqui todo mundo foi homenageado, mas não foi mencionado o nome de Jair Messias Bolsonaro em momento nenhum”, criticou.

Ainda segundo ela, Bolsonaro estaria dando a “vida dele” para defender os brasileiros “dos comunistas, socialistas bolivarianos que escravizaram o pessoal, mais recentemente, da Venezuela”. “Nós estamos antenados para ninguém mais nos usar”, continuou.  


o Povo