Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores
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- Num estado onde enterram vereador vivo, qualquer investida não pode parecer normal
- Denunciante chegou a recorrer ao ex-coordenador do GAECO, promotor de Justiça Rômulo Cordão
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As ameças figuram como um dos motivos pelos quais o desembargador não está disposto a liberar acusados no âmbito da operação.
“Não é demais ressaltar que, recentemente, em 3/12/2019, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bertolínia - PI denunciante do esquema criminoso investigado, protocolou pedido de medidas de proteção ao Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (GAECO) do Ministério Público, em razão de supostas ameaças que têm recebido, inclusive, por parte do cunhado do prefeito Luciano Fonseca, e de um dos investigados, José Jeconias, corroborando o receio antes expressado de, mesmo eles presos, intimidarem as testemunhas a serem inquiridas durante a instrução”, traz trecho de decisão.
O ex-presidente da Câmara, Jones Werlen Miranda e Silva, chegou a procurar orientação, no sentido do que fazer, com o ex-coordenador do GAECO, Rômulo Cordão, inclusive.
A orientação tem sido procurar o GAECO.
Foi o promotor de Justiça quem iniciou as investigações na região e está sendo informado pelo ex-presidente da Câmara sobre as ocorrências.
Recentemente, após publicação do Blog Bastidores, do 180, um agressivo - e confuso - direito de resposta (que não chegou a ser rebatido, em face do recesso do titular do Blog), chegou a desqualificar uma das publicações feitas no portal de notícias.
Segundo um dos donos de empresas supostamente usadas no esquema em Bertolínia, a publicação foi “tendenciosa, preconceituosa, sensacionalista, desonesta e irresponsável”.
A publicação reportava trechos da denúncia feita pelo GAECO.
ISSO NÃO PODE SER COMUM
Num estado que tem histórico de vereador enterrado vivo, não pode ser comum que membros do legislativo municipal, ao realizar o seu papel, sejam ameaçados. Ainda mais num estado onde a ampla maioria faz acordos nada republicanos.
Isso inibe, inclusive, que outros vereadores, diante de desmandos, evitem reportar tais fatos às autoridades.
E o Estado tem o dever de dar a efetiva e rápida resposta.
180 graus