O presente
de aniversário D. Alzira Paulina chegou mais cedo em 2020. A
agricultora, que completará 90 anos no início de maio, representa apenas
um dos 119 beneficiários com título de propriedade rural
na manhã desta sexta-feira (24). Ė ela, que mora há uns 50 anos num
terreno de 6,8 hectares, localizado na comunidade Cajueiro, que atesta:
“Ė uma benção que chega em nossas vidas. Não vejo a hora de registrar o
meu documento, lá em Quixadá, e deixar esta segurança aos meus filhos”,
relatou a aposentada.
“Muita gente pensa que coisa mais
importante na vida do agricultor é a terra, é não. A coisa mais
importante é o documento da terra, porque com ele a família assegura que
o fruto do seu suor chegue até as próximas gerações”, salientou o
prefeito Edson Morais. “Tantas vezes o sindicato rural esteve presente
para solucionar o problema das cercas. Com este documento, o conflito está solucionado
porque o terreno é medido e georeferenciado e, aí, não resta mais
nenhuma dúvida”, saudou o chefe de Gabinete da SDA, Jerônimo Nascimento.
“(O título) Ė o resultado de uma nova
visão sobre a área rural. Hoje, o campo é sinônimo de progresso e
esperança, por conta de gestões voltadas a levar oportunidades para
todos os trabalhadores e trabalhadoras rurais. O Ceará, ė exemplo de execução destas políticas públicas – especialmente quando se fala em regularização fundiária”, destacou o superintendente do Idace, José Wilson Gonçalves.
“Uma das maiores alegrias que temos é
visitarmos os municípios do interior cearense para entregarmos títulos
de propriedade rural. Digo isso porque as políticas públicas, no âmbito
nacional e estadual, evoluíram muito. E, se não houvesse a entrega do
título haveria muita insegurança jurídica e todo avanço estaria
comprometido”, pontua o assessor especial de Relações Institucionais da
Casa Civil, Nelson Martins.
“(O documento da terra) Fornece uma garantia para que o agricultor possa investir na terra que é dele.
(Com ele) Dá para deixar a terra para a família e até solicitar um
empréstimo nos bancos públicos e melhorar a produção. Agora, sem ele,
tudo o que o trabalhador fizer na terra se perde, porque vem outro e
toma”, concluiu Nelson Martins.
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