Em um acordo de delação premiada na
Paraíba, um lobista atuante na área de saúde diz ter pago R$ 115 mil em
“caixa dois” para a campanha de Wilson Witzel, atual governador do Rio
de Janeiro pelo PSC, em 2018.
Durante depoimento ao Ministério Público
da Paraíba, o delator Daniel Gomes afirmou ter entregue o dinheiro a um
suposto representante da campanha de Witzel. O governador nega as
acusações.
O acordo de delação premiada de Daniel,
que foi homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, faz parte da
Operação Calvário, que levou para a cadeia no fim do ano passado o
ex-governador paraibano Ricardo Coutinho, do PSB.
Daniel Gomes contou à Polícia Federal
(PF) que foi procurado por Robson dos Santos, na época assessor de
Arolde de Oliveira, então deputado federal e senador eleito pelo PSD, e
que pagou o valor de R$ 115 mil.
De acordo com a narrativa do lobista,
Robson passou então a enviar notícias, pesquisas eleitorais e
informações que apontavam Witzel como favorito.
A intenção era, segundo ele, convencer o
empresário a fazer os pagamentos e garantir “um futuro promissor na
nova gestão do Estado do Rio com o apoio do senador eleito Arolde de
Oliveira”, informa o portal G1.
Por outro lado, o governador do Rio
disse que Robson não trabalhou na campanha dele, e que todas as
informações foram prestadas à justiça eleitoral e as contas aprovadas
pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O senador Arolde disse que Robson não
trabalhava com ele na época dos fatos citados, mas confirma que ele
estava lotado em seu escritório, mas que foi desligado em dezembro do
ano passado.
(Renovamídia)