Um grupo que realiza ações sociais no prédio da antiga escola
Virgílio Távora, em Juazeiro do Norte, denuncia ameaças por parte da
Secretaria de Cultura (Secult) do município em expulsa-los do local.
Segundo informam, as ações não contam com apoio da prefeitura desde que
estão instalados no local, há 12 anos, e sem nenhum diálogo afirmam que
serão retirados do espaço.
O grupo realiza no local ações sociais, onde são ministradas aulas de
música, capoeira, artes marciais e dança. O espaço, localizado em
frente a Praça dos Ourives, no bairro Franciscanos, abriga ainda a sede
da União Estudantil da Juventude (UEJ).
Eles administram o local e afirmam que o prédio foi cedido a eles
através do Governo do Estado, sendo que encontra-se em condições
precárias desde o fim do funcionamento da escola, e relatam nunca ter
recebido apoio da gestão municipal, mesmo prestando serviços à sociedade
civil.
Mesmo o equipamento não pertencendo ao município, segundo eles, o
secretário Renato Fernandes exige a saída de todos do local para efetuar
reformas e instalação de um novo equipamento.
Conforme contato do Badalo com a a Secretaria de Cultura de Juazeiro
do Norte, foi dito que não houve ainda nenhum tipo de diálogo do grupo
com o órgão, e que o local na verdade foi cedido pelo Estado à Secult, e
que esta deve implantar um espaço de cultura ou um museu no local, com
espaço para formações, cursos e atividades em geral.
Entretanto, a pasta ficou de encaminhar nota oficial comunicando a
exigência de retirada do grupo do local e explicações acerca do processo
de desapropriação do espaço.
badalo