O distrito Cidade de jardim é constituído de 6.836 domicílios ocupado, tendo uma população de 26.697 habitantes no ano de 2010, obtendo um crescimento de 1,07% na última década. Nesta cidade se encontra 13.076 homens, correspondendo a 49% de sua população e 13.621 mulheres, equivalendo a 51%. Jardim é um município rural onde 17.699 pessoas situam-se em áreas rurais equivalendo a 66,3% de sua população e apenas 8.998 pessoas 33,7% residem em Áreas urbanas.
Apesar de sua maior parte da população residirem e trabalharem no campo, 74,2% de sua economia é baseada na prestação de serviço, tendo como contribuição 17,8% na agropecuária e 8% na indústria. Hoje, festeja 204 anos de emancipação política.
O Município de Jardim era conhecido como Barra do Jardim e Santo Antonio do Jardim, uma antiga região indígena e, logo depois, palco de memoráveis acontecimentos históricos.
As origens do Município de Jardim são remontadas desde o século XVIII, tendo como referência o fazendeiro Bento Moreira, casado com D. Sebastiana de Oliveira onde moravam no sítio chamado de corrente de Ramalho. Havia outro colono, pobre e consequentemente sem identificação no sítio cabeça do negro. Sua localização foi bastante isolada, de modo que somente por ocasião das grandes estiagens atrairia maiores investidores. Com a grande seca de 1791 á 1793, chegou a Jardim o primeiro imigrante Padre João Bandeira de Melo, vindo de flores acompanhado de índios e negros onde catequizava os pajeús.
Era um homem muito valente e o que fez pela primeira vez foi promover o plantio de alguns cereais e edificar uma casa de barro, no local em que existe a residência do Padre Antônio Manuel de Sousa, que ainda hoje é conservada como monumento histórico. Logo em seguida ele construiu uma capela para Bom Jesus, que assim atraiu para grande número de pessoas, e suas casas foram se agrupando junto à capela. Anos depois, o fundador de Jardim dirigiu-se para Piancó, na Paraíba, seguindo rumo ao Piauí, passando em Porteiras, em cuja capela celebrou uma missa no dia 6 de janeiro de 1821.
Em 1799, o povoado recebeu a visita de Frei Vital de Frascarolo. Sua passagem ficou perpetuada num cruzeiro por ele erguido, no dia 29 de junho à frente da capela, onde foi transplantado no centro do Cemitério de São Miguel e hoje está á frente da Matriz Santo Antônio de Jardim. Em 30 de agosto de 1814, o território foi desmembrado de Crato, quando passou a denominar-se Vila de Santo Antonio do Jardim.
Deve-se sua evolução à categoria de vila, à grande rivalidade entre José Pereira Filgueiras, capitão-mor do Crato, e o sargento-mor José Alexandre Corrêa Arnaud, descendente do povoador de Missão Velha, que saindo da cadeia do Icó, em 1812, conseguiu do Regente Imperial, pessoalmente, a criação do município e sua nomeação para o cargo de capitão-mor da nova vila.
A emancipação política do município ocorreu em 3 de janeiro de 1816, onde, não pôde comparecer o capitão-mor José Arnaud, por ter falecido no seu regresso do Rio de Janeiro. Com seu falecimento, foi nomeado capitão-mor do Município de Jardim, Pedro Tavares Muniz.
No ano de 1933, o município dividiu-se em dois distritos: Jardim e Macapá(atual Jatí). Desmembrado por força da Lei nº 1153, de 22 de novembro de 1951, foi criado um novo distrito denominado até hoje de Jardim-Mirim. No dia 24 de abril de 1916, foi realizada a fundação do Colégio 24 de Abril, pelo Juiz de Direito, Dr. Francisco de Lima Botelho. O Colégio funcionou ininterruptamente até meados de 1923, marcou o período áureo de Jardim. Em 16 de fevereiro de 1937, o município foi dotado de iluminação elétrica, por iniciativa do Prefeito Francisco Ancilon de Alencar Barros.