Ministério cria projeto para monitorar mudança climática no país

Blog do  Amaury Alencar


Agência Brasil 
 
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) criou um projeto para organizar o monitoramento das mudanças climáticas e de seus efeitos no território nacional. A plataforma, batizada de ImpactaClima, vai reunir e consolidar informações produzidas sobre o assunto por diferentes instituições de pesquisa.

O objetivo é articular dados de instituições de pesquisa e integrar essas informações, para estabelecer um quadro mais amplo da evolução das mudanças climáticas no país. Até março, dados sobre clima, temperatura, atividades econômicas e características da população poderão ser acessados no portal do MCTIC.
Semiárido
Projeto vai ajudar na elaboração de políticas públicas que visem mitigar causas e os efeitos indesejados do clima - Arquivo/Agência Brasil
Será possível, por exemplo, visualizar informações por município, estado ou região, como de uma bacia hidrográfica, por exemplo.

Inicialmente, ficarão disponíveis informações sobre o semiárido brasileiro, que compreende nove estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O foco será em dados relacionados à segurança hídrica, energética e alimentar.


O projeto também vai subsidiar gestores públicos e contribuir para a elaboração de políticas públicas que visem mitigar causas e os efeitos indesejados.

Segundo Márcio Rojas, coordenador de clima do ministério, o ImpactaClima permitirá a diferentes tipos de gestores, prefeitos e integrantes do governo federal, empresários e a cidadãos, orientar decisões, com base nos dados consolidados.

“A plataforma vai permitir ver o cenário climático futuro de uma região. No semiárido, a gente sabe que vai diminuir a chuva e haverá um aumento da temperatura média. Isso orienta uma série de atividades, como medidas de segurança hídrica, investimento em poços artesianos, captação da chuva. Para os produtores, permitirá avaliar irrigação.”

O projeto será coordenador por um comitê de governança formado por representantes do ministério, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, além de integrantes convidados de outros órgãos, como ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Regional.