Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul afirmou que todo o efetivo disponível foi colocado de prontidão. Além disso, cerca de 200 policiais foram enviados para reforçar as ações de segurança na tentativa de evitar que os foragidos entrem no território brasileiro.
Trabalham nas ações as equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e da Polícia Militar Rodoviária (PRE). O helicóptero da Secretaria de Segurança foi enviado para Ponta Porã, cidade brasileira que faz fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero.
Em entrevista a VEJA neste domingo, o prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo Filho, falou sobre a facilidade que é cruzar de um país para o outro. “Não temos obstáculos naturais, nem físicos, nem nada. São mais de 800 quilômetros de fronteira seca. É uma situação diferente de qualquer lugar”, afirmou.
O governo paraguaio apura se os fugitivos escaparam por um túnel que foi encontrado no presídio ou se agiram com a cumplicidade dos agentes penitenciários. Diretores e agentes penitenciários responsáveis pelo presídio foram demitidos.
“Pela quantidade de areia, é impossível que esse trabalho de semanas não tenha sido advertido por essas pessoas [os agentes]. Se eles estão envolvidos, é claro que não podemos esperar que eles contem o que está acontecendo”, disse a ministra da Justiça. Ela afirmou ainda que colocou o seu cargo à disposição do presidente Mario Abdo Benítez. Segundo a imprensa paraguaia, o presidente não aceitou a renúncia da ministra.
O site paraguaio ABC Color publicou a lista completa dos fugitivos. Segundo o veículo, a maioria deles é formada por “perigosos integrantes” do PCC. Entre eles está Osvaldo Pagliato, que é considerado o chefe da facção e que, em julho do ano passado, liderou um motim que resultou no assassinato de dez detentos.
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