Em entrevista coletiva no 23º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza após a solenidade de Formatura de Apronto Operacional
os generais Fernando José da Cunha Mattos, como comandante da operação,
e Ulisses de Mesquita, comandante da tropa empregada Força Tarefa
Felipe Camarão, falaram com jornalistas na tarde deste sábado, 22, sobre
a atuação das Forças Armadas na segurança pública do Ceará.
Investimentos, regras aplicadas, atuação do exército na Capital e no
Interior, além das legislações que serão aplicadas a militares e civis
foram esclarecidos para a população. Segundo os comandantes, o exército
atuará com foco prioritário em Fortaleza. Parte das tropas já estão
sendo utilizadas na segurança.
General Cunha Mattos afirmou que a partir
deste domingo, 23, o exército começará atuações efetivas para o
cumprimento da ordem pública, como o policiamento ostensivo. Cunha
afirma que a presença de agentes de seguranças fardados garante a
identificação para civis, o que ajuda a preservar o patrimônio e ordem
pública. "O policiamento ostensivo realizado pelo exército na cidade de
Fortaleza inicialmente será o mesmo policiamento ostensivo que as
pessoas vêem nas ruas normalmente. Não pretendemos substituir a polícia,
mas pretendemos fornecer o mesmo nível de segurança que o cidadão
encontra no seu dia a dia na cidade"
Ulisses de Mesquita informa que o Governo do Estado
passou o controle operacional da região Metropolitana e algumas cidades
do interior para os policiamentos do Raio, o Choque, e policiamentos
especializados. O exército trabalhará em conjunto com esses órgãos de
segurança pública para a manutenção dos índices de policiamento anterior
às manifestações de policiais. Patrulhamentos a pé, motorizados, de
pontos estratégicos, como ocorrem normalmente, serão feitos por
militares. "Com a presença massiva da tropa, atuaremos em conjunto para a
redução dos índices de criminalidade."
Cunha afirma que o Exército não assumiu a segurança
pública. "O governador passou o controle operacional. Procuramos
organizar como empregar aqueles meios que temos, as atividades para as
operações, mas as rotinas operacionais acontecerão normalmente.
Eventualmente, se necessário, poderão receber uma atividade em
específico. Gostaria de deixar claro que a polícia militar do Ceará,
como um todo, não continuam com a sua atividades normalmente." Ele
informa que apenas o Raio, Choque e Comando de Policiamento
Especializado passaram ao controle operacional da Operação Mandacaru.
Ulisses afirma que o momento é de concentração de meios e militares, que
vieram de outras cidades por meio de transportes aéreos e motorizados.
Os generais Cunha Mattos e Ulisses, que participaram da
coletiva, informaram que no caso de Sobral, agentes do Ministério da
Justiça estiveram no local onde ocorreram os disparos por arma de fogo
contra o senador licenciado Cid Gomes (PDT).
"Se vier acontecer um crime militar, ocorrerá uma
justiça militar. O código civil continuará valendo para os civis, como
normalmente", afirmou Cunha Mattos na entrevista concedida no auditório
General Sampaio.
O exército está atuando em dois níveis, operacional,
com o general Cunha Mattos, nos níveis de relacionamentos com
instituições e órgãos do governo do Ceará, e a parte tática, comandada
pelo general Ulisses, que atuará com o exército.
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