O Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria de Justiça Militar, emitiu ofício nesta sexta-feira (14) recomendando que o comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Ceará impeça que os policiais promovam manifestações com fim de realizar greves no estado.
O documento destaca a necessidade da intervenção por parte do comando "dada a situação que se noticia há dias sobre movimentos realizados por policiais militares estaduais, com o fito de paralisação dos serviços públicos e essenciais que prestam em favor da população deste Estado".
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social afirmou que a Polícia Militar e Bombeiro Militar "seguirão as recomendações do Ministério Público do Ceará".
Em 6 de fevereiro um grupo de policiais e familiares protagonizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa do Ceará e no entorno do prédio reivindicando aumento salarial da categoria. A proposta do Governo do Ceará é aumentar o salário dos soldados em 4,8% de forma fracionada, até 2022. Os agentes da Segurança Pública reivindicam aumento de 35%. A negociação permanece em andamento.
Nessa quinta-feira (13), lideranças dos profissionais de segurança pública do Ceará e o Governo do Estado entraram em acordo, em reunião na Assembleia Legislativa, sobre percentuais de reajustes salariais a serem concedidos a duas categorias: Policiais Militares e Corpo de Bombeiros.
Eles deverão sair de R$ 3,2 mil do salário-base atual para R$ 4,5 mil em 2022. O Governo atendeu à categoria em relação à diminuição da quantidade das parcelas do reajuste, de quatro para três parcelas. Mesmo após o acordo, por meio das redes sociais, militares permaneceram a convocar manifestações.
(Do G1-CE)