O Ministério da Saúde
informou nesta sexta-feira (28) que realizará uma campanha publicitária
para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus. Segundo a
pasta, o foco da ação será nos hábitos de higiene e nas precauções sobre
contato físico entre as pessoas.
O custo previsto da ação é de R$ 10 milhões e
será veiculado em Internet, rádio e televisão. A campanha já começa a
ser veiculada nesta sexta-feira (29).
O ministério informou ainda que existem 182
casos considerados suspeitos de coronavírus no Brasil. Até agora, 71
casos já foram descartados e um caso confirmado em São Paulo.
Os registros de casos suspeitos estão
concentrados nos estados de São Paulo (66), Rio Grande do Sul (27), Rio
de Janeiro (19), Minas Gerais (17), Santa Catarina (9), Paraná (5),
Distrito Federa (5), Goiás (5) e Espírito Santo (2).
O secretário de Vigilância da Saúde do
ministério, Wanderson Kleber de Oliveira, disse que a partir da próxima
semana a pasta também divulgará os “casos prováveis” para incluir as
pessoas que têm contato com casos já confirmados. Segundo Oliveira,
nestes casos não será necessária a realização de exames laboratoriais
para confirmação da doença, que poderá ser confirmada apenas por
critérios clínico-epidemiológico.
Oliveira ressaltou ainda que a melhor
estratégia de combate à doença é lavar as mãos e evitar compartilhar
objetos pessoais. O secretário destacou ainda que o uso de álcool em gel
é uma “boa estratégia”, mas alertou que a população não deve entrar em
desespero caso não encontre o produto. “Lavar bem as mãos, as unhas, é
suficiente”, disse
OMS
Dados atualizados da Organização Mundial da
Saúde apontam para 82.294 casos de coronavírus pelo mundo, deste total
são 1.185 novos casos.
Desde o dia 24 deste mês, 16 países são
considerados suspeitos: Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do
Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia,
Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes.
Insumos
O secretário-executivo do ministério, João
Gabbardo dos Reis, afirmou que será divulgado em edição extra do Diário
Oficial da União ainda nesta sexta-feira o resultado da licitação para
aquisição de 21 insumos hospitalares.
Entre eles, estão dois tipos de máscara (cirúrgica e N95) e aventais
(P, M e G) precisaram ter a sistemática de compra fracionada.
Segundo Gabbardo, até 20 empresas poderão
ser selecionadas para fornecer, pelo menos, 500 mil unidades de máscara.
A preocupação da pasta é evitar a escassez de itens de segurança e de
prevenção contra o novo coronavírus no Brasil.
Aplicativo
O ministério trabalha ainda na elaboração de
um aplicativo para plataformas móveis em que os cidadãos poderão
encontrar Unidades de Saúde mais próximas para o atendimento de casos de
coronavírus.
Antes de indicar o hospital, o “Coronavírus
SUS” fará perguntas para confirmar se realmente há possibilidade de que o
paciente esteja com a doença. O público-alvo do aplicativo são as
pessoas que estiveram em algum dos 16 países considerados suspeitos.
O aplicativo também fornecerá dicas de
prevenção da doença. Sistema semelhante foi lançado pela pasta na Copa
do Mundo, realizada no Brasil em 2014, e nos Jogos Olímpicos 2016.