Vários
municípios do interior do estado tiveram a volta às aulas nesta semana,
marcada pela boa notícia do reajuste salarial dos professores. Em
Banabuiú, cidade do Sertão Central, o comunicado do aumento nos ganhos
mensais foi ainda mais comemorada: a gestão do Município decidiu que
todos os professores terão o aumento de 12,84%, valor de acordo com o
Piso Nacional, sem levar em conta a formação que possuem.
A notícia foi dada aos professores
pelo prefeito do Município, Edinho Nobre, durante a Jornada Pedagógica,
evento que antecedeu a volta às aulas. “Garantimos em um sinal de nossa
permanente valorização a esse profissional, o aumento de 12,84% no
salário de todos os professores, independente da formação que tenham. Uma política de valorização nossa que já se cumpre há quatro anos”, disse Edinho Nobre.
A Lei do Piso Nacional garante que
apenas os profissionais de ensino com o menor grau de formação, tenham o
Piso concedido. Professores que possuem especialização, mestrado ou
doutorado, podem ganhar aumentos em quantia inferior ao
do teto estabelecido pelo Piso. Em anos anteriores, essa situação já
tinha foi constatada em Banabuiú: professores com formação diferente
daqueles que tenham apenas a menor titularidade chegaram a ganhar menos
do que o Piso Nacional.
Embora visto como algo comum, a extensão do valor do Piso a todos os professores
gera um impacto na fazenda pública municipal. Por isso, iniciativas
como a de Banabuiú são destaque, já que em algumas cidades, nem todos
vão receber o reajuste conforme o Piso. Em Fortaleza, por exemplo,
somente na última quinta (6), após paralisação, os profissionais tiveram
o reajuste garantido. A Prefeitura queria pagar o
aumento dividido em duas vezes, mas a classe recusou a proposta. Em
outros estados, a situação é ainda pior, o que evidencia o feito em
Banabuiú: Guanambi, cidade do sudoeste da Bahia, há três anos sequer
reajusta o valor do Piso aos professores.
Revista Central