Um credor da
cervejaria Backer pediu hoje (12) a falência da empresa à Justiça de
Minas Gerais. Na petição, o fundo do investimento LS Interbank alega que
a empresa não pagou integralmente uma nota promissória de R$ 600 mil,
que deveria ter sido paga em fevereiro. Segundo o fundo, a empresa está
devendo R$ 52 mil.
O credor afirma que tentou receber
"amigavelmente seu crédito", mas não conseguiu porque a Backer "se
encontra em estado pré-falimentar e não tem mais nenhuma capacidade de
pagamento em razão de sua combalida condição financeira".
Até o momento, sete pessoas morreram por
síndrome nefroneural atribuída à intoxicação por dietilenoglicol após
ingerir cervejas da empresa mineira Backer. Substância tóxica usada em
sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o
dietilenoglicol foi encontrado em dezenas de lotes de diferentes rótulos
de cervejas produzidas pela empresa.
Em nota, a Backer informou que estava com
bens bloqueados pela Justiça até semana passada e que a prioridade é
pagar o tratamento médico das pessoas que foram intoxicadas. Ainda há
cerca de 30 casos suspeitos de intoxicação.
"Imediatamente após o desbloqueio parcial
dos bens pelo Tribunal de Justiça, ocorrido na última sexta-feira, a
Backer iniciou as tratativas com os advogados dos clientes para efetivar
o atendimento às suas necessidades. Todos os demais compromissos da
empresa estão em segundo plano neste momento", informa a nota.