O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, lamentou neste sábado a morte do advogado Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Mourão lembrou que Bebianno esteve desde o início na campanha que
elegeu o presidente Jair Bolsonaro e disse que a política "não apaga o
bom combate" que travaram juntos. Bolsonaro ainda não se manifestou.
Coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018, Bebianno morreu aos
56 anos na madrugada deste sábado em Teresópolis. Segundo o presidente
estadual do PSDB, Paulo Marinho, Bebianno estava em um sítio com seu
filho quando se sentiu mal, por volta das 4h. Marinho ainda disse que
ele foi levado a um hospital da cidade, onde teria tido um 'infarto
fulminante'.
"Transmito meus pêsames à família de Gustavo Bebianno, que esteve
conosco desde os primeiros momentos da campanha vitoriosa de Jair
Bolsonaro. Eventualmente, a política nos afasta, mas não apaga o bom
combate que travamos juntos", escreveu o vice-presidente.
O único integrante do primeiro escalão do Executivo a comentar a
morte da presidente Bolsonaro foi o ministro da Educação, Abraham
Weitraub. "Nesse momento, deixo no passado as divergências. Manifesto
meus sentimentos à família e desejo que ele esteja em paz, em um lugar
melhor", escreveu no Twitter.
O ex-ministro foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro em
2018 e se aproximou do presidente no início de 2017 como um admirador e
eleitor. Ele se tornou presidente nacional do PSL quando Bolsonaro
ingressou no partido.
Ao assumir a Secretaria-Geral da Presidência, foi alvo de críticas
do filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), e da ala
ligada ao grupo do guru Olavo de Carvalho. Ele deixou o governo em 18 de
fevereiro de 2019.
Após deixar o governo, Bebianno passou uma temporada nos Estados
Unidos. Na volta ao Brasil, se aproximou de João Doria, para quem vinha
prestando consultoria. Filiado ao PSDB, ele chegou a confirmar sua
pré-candidatura a prefeitura do Rio no início do mês.
Neste sábado, o presidente apareceu, dentro do Palácio do Alvorada,
de bermuda e com uma camiseta amarela com a frase 'O meu partido é o
Brasil'. A camiseta foi utilizada durante a campanha eleitoral. No dia
em que sofreu o ataque a faca em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de
2018, o presidente vestia um modelo semelhante.
O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) também lamentou a morte
de Bebianno, e destacou seu papel importante na construção do Governo
Bolsonaro.
"Vi Bebianno duas vezes na vida aqui em São Paulo durante a
campanha. Inegavelmente, ele foi um dos braços fortes que ajudou
Bolsonaro a ser presidente. Só por isso já valeu a pena a sua existência
aqui na Terra. Aos familiares, os meus sentimentos e ao Bebianno
descanse em paz".
o Povo