A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) fechou uma fábrica de cosméticos em Aracati que estava fabricando álcool em gel adulterado.
A ação policial ocorreu na manhã desta sexta-feira, 27. Ao fazer a
investigação no local, os policiais constataram diversas
irregularidades, entre elas, a mudança na composição correta do álcool
em gel. O proprietário da fábrica Eduardo Divino dos Santos, 41, que não
registrava antecedentes criminais, foi preso em flagrante.
Durante a ação foram apreendidos cerca de 200 litros de etanol 99%, 15
quilos de éter de celulose, um litro de glicerina, além de 96 frascos
de 100 mililitros e 49 embalagens de um litro de suposto álcool em gel
já prontos para comercialização. A operação realizada pela
Delegacia Regional de Aracati contou com o apoio do Corpo de Bombeiros
Militar do Ceará (CBMCE) para realização de testes que comprovaram a
adulteração do álcool em gel produzido na empresa.
Eduardo foi autuado por crime contra a saúde pública, considerado crime hediondo e inafiançável.
O químico responsável pelas receitas dos produtos fabricados no local
também foi autuado em flagrante por crime contra a incolumidade pública
de forma culposa. O processo foi instaurado e mediante pagamento de
fiança ele poderá responder em liberdade.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria de
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a próxima etapa das
investigações será formada por diligências em estabelecimentos comerciais de Aracati e cidades vizinhas, como Russas, onde o produto estaria sendo comercializado e retirá-lo de circulação.
Esta é a segunda ação do gênero só esta semana. Na
última terça-feira, 24, a PCCE fechou outra fábrica clandestina de
álcool em gel que funcionava, no bairro Conjunto Jereissati I, em
Maracanaú. A produção ocorria em um cômodos de um bar e barbearia do
município. O responsável pela produção clandestina foi identificado como
Robert Kelly Teixeira da Silva de 39 anos.
O proprietário confessou o crime e declarou que usava
dentre outras substâncias, etanol (álcool combustível), material tóxico
para a pele humana para fabricar o álcool em gel adulterado. Robert
também não tinha antecedentes criminais e foi autuado em flagrante por
crime contra a saúde pública. A pena prevista é de reclusão, de 10 a 15
anos e multa.
O povo