Afastado provisoriamente do Congresso desde
o ano passado, Cid Gomes (PDT) reassumiu o mandato de senador desde de
ontem, 11. O ex-governador volta aos trabalhos legislativos nas vésperas
da votação de projeto polêmico que concede ajuda fiscal para os estados
e prefeituras em meio à pandemia do novo coronavírus.
Nesse intervalo em que esteve longe do mandato, Cid
passou a comandar o PDT no Ceará, organizando a legenda durante a janela
partidária, após a qual a sigla ampliou o número de prefeitos filiados
de 50 para mais de 60 e se consolidou como principal força política do
Estado.
No período, o ex-ministro também foi alvo de disparos
de arma de fogo no município de Sobral (150 km de Fortaleza) ao avançar
com uma retroescavadeira contra um quartel da Polícia Militar ocupado
por soldados amotinados.
Prisco Bezerra (PDT), que ocupou a cadeira no Senado
desde dezembro no lugar de Cid, avalia que a sua passagem pela Casa foi
produtiva. "Foi curto, mas acredito que deixei um legado, com um
trabalho intenso e profícuo. Desde o início escolhi a educação como foco
principal de atuação, não só para seguir em uma linha semelhante à do
senador Cid Gomes, mas também por ser minha área de atuação
empresarial", avalia Prisco, irmão do prefeito da capital cearense,
Roberto Cláudio (PDT).
A reportagem tentou contato com Cid Gomes, mas não houve retorno do senador.
(Henrique Araújo)