IDILVAN ALENCAR - ACIONAMOS AS INSTITUIÇÕES PARA INTERROMPER A INSISTÊNCIA DO MEC EM MANTER O CALENDÁRIO DO ENEM

Blog do  Amaury Alencar
Estamos acionando as instituições para interromper a insistência do Ministério da Educação em manter o calendário do ENEM em meio à calamidade pública. Manter a data prejudica milhões de estudantes que não têm acesso à internet para fazer sua inscrição e se preparar para o exame.
 A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas em pé
 
 
Nessa semana, o deputado Túlio Gadelha e eu acionamos o Tribunal de Contas da União. A medida se soma às medidas judiciais junto ao STF e Justiça Federal solicitando o adiamento do exame.
 
Não descansaremos enquanto essa injustiça não for reparada.
Assessoria de Imprensa
 

MATÉRIA COMPLETA
Após a Justiça Federal em São Paulo determinar readequação do cronograma, o Inep anunciou nessa quarta-feira (22) o adiamento da prova digital para os dias 22 e 29 de novembro, mas manteve a aplicação das provas impressas para os dias 1º e 8 do mesmo mês. Isso, contudo, não é o suficiente, visto que ainda estamos no meio da pandemia.
“Entendemos que o atual cronograma do Enem 2020 (para justificativa de ausência, requerimento de isenção de taxa, recurso e inscrição, bem como aplicação das provas), seja durante ou logo após período de calamidade pública, vide o fechamento indeterminado das escolas do país, promove uma seleção artificial de ricos em desfavor de pobres, urbanos e rurais”, justifica a representação.
 
A maior preocupação é com os estudantes com menos recursos e os das áreas rurais. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2017, a média nacional da utilização da internet por alunos das áreas rurais é de 41%. Este dado no Nordeste é de 35,8%, e no Norte, 27,3%. Ou seja, abaixo da média nacional.
 
“A suspensão das aulas e a ausência de ferramentas de estudos, como a internet, pode deixar alunos de escolas públicas e de baixa renda em desvantagem. Sabemos que entrar na universidade significa mudança de vida e esperança de futuro para muitas famílias”, diz Gadêlha, que é membro da Comissão de Educação e um dos coordenadores da Frente Parlamentar pelo Fortalecimento das Universidades Federais.
O PDT, sob articulação de Alencar, já havia entrado com representação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão dos editais do Enem, porém a Corte declarou que não possuía competência para julgar a ação. O partido também entrou com ação popular na Justiça Federal.
Fonte: diariodepernambuco.com.bR