Onze pessoas são detidas por participar de festa e contrariar ordem de quarentena em São Benedito

Blog do  Amaury Alencar
Operação no Ceará prende 12 pessoas por descumprimento da ordem de quarentena — Foto: Divulgação
Onze pessoas foram detidas por infringir a ordem de isolamento social em São Benedito, no interior do Ceará. Elas participavam de uma festa com churrasco e bebidas alcoólicas, contrariando a quarentena por conta da pandemia de coronavírus. Uma outra pessoa foi detida no município por abrir comércio não essencial, contrariando decreto do Estado.

Uma operação foi montada por diversos órgãos públicos do município para conscientizar a população sobre o risco da pandemia. O Ceará é um dos estados mais afetados, com mais de 600 casos da doença, conforme o Ministério da Saúde.

Os suspeitos já haviam sido avisados três vezes sobre o descumprimento da lei, de acordo com o promotor de Justiça titular de São Benedito, Oigrésio Mores.
Na sexta-feira (3), as autoridades deram voz de prisão a 11 homens que confraternizavam com churrasco e bebidas alcoólicas, em um lava a jato no Centro do São Benedito. Outras pessoas que estavam no local fugiram no momento da abordagem.


Já neste sábado (4), o proprietário de uma loja de variedades também foi detido, por abrir o estabelecimento, localizado também no Centro de São Benedito.

Os 12 suspeitos foram conduzidos até a Delegacia Regional de Guaraciaba, da Polícia Civil, onde foi formulado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra eles, e foram liberados em seguida. Eles vão responder em liberdade pelo crime de infração de medida sanitária preventiva, previsto no artigo 268 do Código Penal Brasileiro (CPB).

Os representantes dos órgãos de São Benedito percorrem a cidade para tentar conscientizar a população sobre o risco do novo coronavírus.

“Tinham muitas aglomerações, as pessoas foram orientadas a não permanecer. Que fizessem as compras, fossem às farmácias e retornassem para as suas residências. O problema é que nem todas cumprem, como se nada tivesse acontecendo. É um trabalho muito difícil”, afirma o promotor Oigrésio Mores.

 G1