O segundo maior município em contingente populacional da Região Central do Ceará apresenta um número alarmante de casos suspeitos, e o que mais assusta; a lentidão dos resultados de exames.
Com a população local estimada em 78 mil
habitantes (IBGE), Canindé registra, segundo dados da Secretaria de
Saúde do município, 100 casos suspeitos de COVID-19. Ao todo foram notificados 104 casos, destes apenas 4 tiveram resultados divulgados.
Três suspeitas foram descartadas e uma
foi confirmada. A prefeita, Rozário Ximenes, divulgou há dez dias atrás
que estava infectada com o novo coronavírus. Até a manhã desta
segunda-feira (13), ela é o único caso confirmado da doença no município. A prefeita se enquadra ainda no grupo de risco, por ter acima de 60 anos.
Os números levaram a prefeita Rozário a decretar estado de calamidade pública,
o que sinaliza aos governos estadual e federal que o município
atravessa uma crise sanitária, e que já existe uma incidência de
descontrole sobre os casos de coronavírus. Com o decreto, o Governo
Estadual pode parcelar dívidas, atrasar execução de gastos e o município
pode abrir mão de realizar eventuais licitações. O Governo Federal, por
sua vez, pode liberar recursos, enviar defesa civil militar e também
kits emergenciais.
A Assembleia Legislativa do Ceará, reconheceu no dia 8 de abril em votação virtual, o estado de calamidade pública em Canindé.
Em todo o estado, Canindé é o sexto município com maior número de casos suspeitos. Atrás somente da capital Fortaleza, Sobral, Caucaia, Maracanaú e Eusébio.
Revista Central