PSD dobra número de prefeitos; MDB e PSDB perdem gestores

Blog do  Amaury Alencar


O ex-vice-governador Domingos Filho lidera no Ceará o PSD  (Foto: Reprodução/Facebook)
O fim da janela partidária consolidou um novo quadro político no Ceará. Nele, o PSD surge como segunda força partidária. A legenda do ex-vice-governador Domingos Filho dobrou o número de prefeitos filiados: foi de 18 para 36. No panorama do Estado, a sigla fica atrás apenas do PDT, que elegeu 50 candidatos a prefeituras em 2016 e agora detém 62. O PT passou de 13 para 14, enquanto o PSDB desidratou de dez para seis.

O MDB foi o partido que mais perdeu gestores filiados: de 35 emplacados nas últimas disputas municipais, a agremiação comandada pelo ex-senador Eunício Oliveira conta atualmente com 22.
Durante o período da janela, vereadores e prefeitos tinham oportunidade de migrar de partido sem risco de perda do mandato. O prazo para alteração de domicílio terminou no dia 3 de abril.
De olho na corrida eleitoral, Domingos Filho antecipa que o PSD deve encabeçar chapas em mais de uma centena de municípios cearenses. "Estamos disputando em 116 prefeituras, enquanto o PDT está hoje com pré-candidatos em 128", projeta.
Segundo ele, o partido com o terceiro maior número de candidatos a chefe de Executivo no Ceará é o PT, com 58 nomes consolidados, conforme dados levantados pela própria sigla.
"Essas são informações de município a município. Nossa intenção é ficar em segundo no número de prefeitos em 2020", conclui o pessedista, pai do deputado federal Domingos Neto (PSD).
No Ceará, a dobradinha PSD/PDT deve se efetivar em quase quarenta prefeituras. "Há acordo encaminhado entre os dois partidos em 38 municípios", calcula o dirigente. Desse total, o PDT é cabeça de chapa em 21 municípios e o PSD, em outros 17.
Partido em ascensão que tem recebido aliados do governador Camilo Santana (PT), o PSB ganhou quatro prefeitos - os socialistas não tinham nenhum filiado à frente de municípios do Estado. Entre os nomes de peso que a legenda acolheu na janela, está o do secretário da Casa Civil do Abolição, Élcio Batista, cotado para concorrer à Prefeitura de Fortaleza.
Deputado federal e presidente estadual do PSB, Dênis Bezerra afirma que o partido teve bom crescimento. "Estamos presentes em 118 municípios. Conseguimos trazer para compor quatro prefeitos: Limoeiro, Jardim, Trairi e Coreaú", soma.
"Atraímos também vereadores de mandato", continua o parlamentar, que planeja ampliar a representação pessebista para mais de 150 assentos nos legislativos municipais e apresentar 60 postulantes a prefeito. Bezerra conclui reiterando que, em 2020, "o grande parceiro é o PDT".
Ex-senador, Luiz Pontes, atual presidente do PSDB, informa que, dos 12 prefeitos eleitos em 2016 com o número da agremiação, metade se desfiliou. Da bancada de 122 vereadores tucanos, 11 deixaram o domicílio partidário. "Mas o importante é que estamos dentro da nossa linha. Houve uma verdadeira oferta de benefícios", frisa.
Pontes entende que, apesar das baixas, a legenda sai fortalecida do processo. "Temos diretórios e comissões provisórias do PSDB em 110 cidades e 70 pré-candidatos a prefeito, fora os que vão para a reeleição", indica. "Isso é sem emenda, sem cargo público, só com pessoas que querem fazer uma renovação política."
O também ex-senador Eunício Oliveira adota o mesmo tom para pesar perdas e ganhos do MDB. "Tenho hoje tranquilidade para dizer que o MDB sairá maior dessas eleições", aposta. "Renovamos quadros em muitos municípios pensando na qualidade e não apenas na quantidade."
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