Titular da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), o médico Carlos Roberto Martins Rodrigues, o Cabeto, afirmou neste sábado, 11, que os R$ 39,6 milhões repassados pelo Ministério da Saúde ao Governo do Ceará “são insuficientes para o número de leitos de UTI que o Estado abriu”.
“Só no Hospital Leonardo da Vinci, nós temos
230 leitos, dos quais mais de 100 de terapia intensiva sendo abertos”,
indica o secretário.
“Bote mais ainda as negociações com os hospitais
regionais”, continua o gestor, “o ajuste de recursos que estamos
repassando para Maracanaú, Itapipoca, Icó, Iguatu e Crateús, além do
aumento de 50 leitos em cada hospital regional, tudo com custo do
tesouro do Estado”.
Por meio de portaria assinada na última quinta-feira,
9, o Governo Federal encaminhou mais de R$ 160 milhões ao Ceará para o
combate ao novo coronavírus.
Desse total, quase R$ 40 milhões foram destinados ao
Executivo estadual e R$ 62,6 milhões, para a Prefeitura de Fortaleza.
Todos os 184 municípios juntos receberam R$ 125,4 milhões.
Custeio das novas unidades
Segundo Cabeto, a verba deve ser empregada
prioritariamente para “custeio das unidades novas que o Estado está
abrindo” e cuja gestão é inteiramente do poder local.
“Bom lembrar que esse recurso não é dinheiro extra. É
um adiantamento do teto MAC”, observa, referindo-se à rubrica já
prevista para complementar gastos com custeio das atividades de média e
alta complexidade.
Questionado se tem havido diálogo com prefeitos para
decidir o gasto, Cabeto o “planejamento, na gestão municipal, não
depende muito do Estado, embora a gente esteja chamando para cumprir o
plano regional de saúde”.
o Povo