O cordelista Arievaldo Vianna morreu neste sábado, 30,
após ser internado em decorrência de uma infecção bacteriana. O artista
foi um importante nome para a educação cultural e para a disseminação
do cordel no Ceará.
Sua trajetória, que conta com dezenas de livros publicados e centenas de cordéis,
sempre esteve ligada às lutas e às dores do povo. Com uma linguagem
acessível, transmitia os saberes do Nordeste para pessoas de todas as
idades. Ao lado do irmão, poeta e dono da editora Tupynanquim, Klévisson
Viana, várias obras foram lançadas.
Exemplo de seu esforço para democratizar o acesso à leitura foi o projeto Cordel na Sala de Aula,
criado em 2000. A iniciativa era uma forma de usar a poesia popular
como paradidático entre os alunos. Com o objetivo de incentivar a
alfabetização, a ação foi adotada em diversas escolas do país. No mesmo
ano, foi eleito membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
“Perdemos não só um grande poeta e difusor da
literatura de cordel nos ambientes culturais, mas, principalmente nas
escolas, promovendo nos mais diversos rincões do Brasil a promoção da
leitura através da literatura de cordel. Perdemos um amigo. Celebremos
sua obra poética e sua memória”, diz o secretário da Cultura do Estado,
Fabiano Piúba, em nota da Secretaria de Cultura do Ceará.
Artistas também estão prestando suas homenagens nas
redes sociais. “Um dia de lágrimas, mas também de celebrar a vida e a
arte de um dos grandes artistas de nosso tempo”, ressalta o poeta
Mailson Furtado. O vencedor do Prêmio Jabuti de 2018 constata:
“Arievaldo é/será pra sempre!”o Povo