O projeto destaca que durante pandemias, a tendência é que as pessoas virem números, estatísticas. "Estatísticas são necessárias. Mas palavras também. Se nem todas as vítimas tiveram a chance de ter um velório ou de se despedir de seus entes queridos, queremos que tenham ao menos a chance de terem a sua história contada."
"Não há quem goste de ser número. Gente merece existir em prosa", diz o site, que até esta quinta-feira (7) reunia mais de 400 homenagens. O grupo salienta ainda que visa "reverter a lógica fria pela qual a pandemia está sendo tratada no país" e que "por trás dos números em crescimento, de falas e atitudes irresponsáveis de governantes, estão histórias de milhares de brasileiros".
Homenagens
"Adalberto Álvares Almeida. 1966 - 2020. O carnaval em pessoa", diz um dos textos."Seisho Inamine. 1950 - 2020. Pai e avô dedicado, de poucas palavras, mas de muito afeto nos pequenos cuidados diários", diz outro.
Sobre o médico endocrinologista Maurício Barbosa Lima, por exemplo, descobre-se que era visto como uma pessoa disponível e que fez a diferença por onde passou. Já a paraense Maria José Assunção, que teve a vida interrompida pela doença aos 64 anos de idade, é descrita como uma mulher guerreira e que deixará um legado de amor e solidariedade.
Para participar, familiares das vítimas podem enviar um relato à equipe do projeto, mediante o preenchimento de um formulário ou por áudio de WhatsApp.