Conhecido nacionalmente pelo envolvimento no
esquema de corrupção do Mensalão, o político Roberto Jefferson apareceu
nas redes sociais neste sábado, 9, em postagem polêmica. Exibindo arma
de fogo em punho, ele disse estar preparado para “combater o bom
combate”.
“Estou preparado para combater o bom combate.
Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os
traidores, contra os vendilhões da pátria”, escreveu na legenda de uma
foto em que posa com um rifle.
Presidente do PTB, que é uma das siglas que compõem o
Centrão, Jefferson finalizou a postagem com o slogan da campanha do
então candidato Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018:
“Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.”
Roberto Jefferson teve mandato de deputado federal pelo
Rio de Janeiro cassado em 2005. O motivo foi seu envolvimento no
Mensalão. Tendo sido o primeiro a denunciar o esquema criminoso, ele foi
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.
Questionamento a governadores
Do mesmo estado que o presidente Bolsonaro, Roberto
Jerferson publicou outro tuíte questionando a atuação dos governadores
do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ele ainda fez ilação indagando se a
população carioca estaria com medo do “coronawitzel”, em referência ao
governador do Rio, Wilson Witzel
"Temos visto uma forte reação da população de São Paulo
aos decretos ditatoriais do Doria, e que já virou até um movimento, o
#ReageSP e não entendo porque no Rio de Janeiro não surge algo na mesma
medida. Será que o carioca está com medo do coronawitzel? Onde está o
#ReageRJ?"
Aproximação com Bolsonaro
Presidente do PTB, o político demonstrou ainda mais a
proximidade que se desenha entre Bolsonaro e o Centrão, grupo que o
presidente acusava de fazer “a velha política”.
Demonstrando falta de entendimento sobre o
funcionamento da tripartição de poderes no Estado brasileiro, Roberto
Jefferson fez apelos ao agora aliado.
“Bolsonaro, para atender o povo e tomar as rédeas do
governo, precisa de duas atitudes inadiáveis: demitir e substituir os 11
ministros do STF, herança maldita. Precisa cassar, agora, todas as
concessões de rádio e TV das empresas concessionárias Globo. Se não
fizer, cai”, disse em outra postagem.
o Povo