A
Estácio de Juazeiro do Norte realizou Colação de Grau antecipada para
64 novos formados no curso de Medicina. A formatura seria no dia 31
maio, mas ocorreu no dia 20 de abril último. A conclusão do curso
respeita os requisitos estabelecidos na Medida Provisória editada pelo
Governo Federal, no último dia 1º de abril, e na Portaria editada pelo
Ministério da Educação no dia 13 de abril, diante do quadro de pandemia
do novo coronavírus.
A formatura aconteceu por encaminhamentos via
internet, incluindo a assinatura do livro de colação, além do envio do
certificado de conclusão de curso. A meta é levar mais profissionais
médicos ao mercado, para atuar na prevenção e combate à COVID-19.
Essa
é a 29ª turma da Estácio, pioneira na formação de médicos no interior
do Ceará e do Nordeste, levando ao mercado mais de 1.300 profissionais
ao longo de sua história. “A
Faculdade está de mãos dadas com as entidades governamentais e cidadãos
na luta contra a disseminação do vírus. A antecipação de colação foi
solicitada pelos alunos e a instituição apoiou a decisão de todos que
estavam aptos, de acordo com a legislação, para desempenhar esse
importante trabalho para a sociedade”, afirma Fábio Cardoso, diretor da
Estácio de Juazeiro do Norte.
Os
alunos estão aptos a darem entrada junto ao Conselho Regional de
Medicina (CRM) e a se candidatarem ao Programa Mais Médicos, por
exemplo. Alguns vão atuar localmente na pandemia. Conforme Fábio
Cardoso, os estudantes já tinham cursado mais de 75% do estágio
curricular (internato), conforme a legislação exige, e já tinham
cumprido a carga horária mínima exigida dos demais componentes
curriculares para a formatura. A nova turma conta com profissionais de
estados como a Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, bem como
do interior do Ceará e da Região do Cariri.
O estudante Guilherme Gomes Leal, da cidade de Madeiro, no Piauí, já irá ingressar no primeiro emprego no seu estado
de origem. Segundo ele, ainda nem ‘caiu a ficha’ de que concluiu o
curso, já que não conseguiu realizar as tradicionais festas de formatura
e de colação de grau, devido ao isolamento social. “É realmente um momento atípico e tudo
teve que ser feito de forma muito rápida, diante do tempo que temos e
por já ter cumprido a carga horária exigida. Me sinto apto para realizar
o trabalho. Esse é um momento diferenciado e que requer de todos
muita dedicação”, disse o médico.
Para
Leal, esse é um momento ideal, pois existe uma grande necessidade
de médicos recém-formados na rede pública e privada de Saúde. “A
perspectiva de iniciar a prática profissional para os alunos é de 90%,
seja em plantão, nos PSF. Alguns já estão tirando o CRM ainda essa semana e muitos também
foram aprovados em concursos. Esse é um momento desafiador, mas
acredito no propósito e que é um momento de honrar o juramento. A nossa
formação foi muito boa e nos preparou para ajudar o próximo”,
complementa.
Outro
recém-formado na Estácio, Raimundo José Alencar Ferreira, de Bodocó, em
Pernambuco, está estudando oportunidades de trabalho em Juazeiro do
Norte, onde irá permanecer morando, mesmo depois de formado. Ele avalia
esse momento como algo realmente inusitado. O médico ainda ressalta que
independente do conoravírus, a profissão tem riscos, como várias outras,
inclusive de contágio de doenças infecciosas como, por exemplo, a
tuberculose, que tem a forma de contágio bem semelhante a da COVID-19.