A plataforma Pertinho de Casa
pretende facilitar o contato entre consumidores, produtores rurais e
pequenos negócios locais. A iniciativa é uma parceria entre a Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e inicialmente
é voltada para a grande São Paulo.
Para participar, os produtores rurais e os
pequenos varejistas preenchem um cadastro informando qual o tipo de
negócio e área de entrega. O portal seleciona, a partir do endereço do
consumidor, os estabelecimentos que oferecem produtos na sua região. A
negociação acontece diretamente por Whatsapp.
Conexões
“Essa plataforma aproxima quem quer comprar
de quem quer vender. Eles mesmo se comunicam, e negociam os valores e a
entrega. Sem atravessador e sem custo nenhum para o produtor e parar o
consumidor”, ressaltou o vice-presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
Segundo ele, a plataforma, que começou a
funcionar há quase uma semana já teve “uma adesão fantástica”. “O mais
importante de tudo isso foram os elos que ocorreram. A gente começou com
os produtores e consumidores. Aí, entraram os pequenos negócios, aquele
restaurante que quer comprar direto do produtor”, destacou.
Um dos pontos fortes, de acordo com ele, é a
possibilidade de colocar os consumidores em contato com comerciantes
que muitas vezes estão muito próximos da casa do comprador. “Quando eu
já me cadastrei e vi o que tinha no bairro onde eu vivo, eu fiquei
surpreso. Porque eu levanto muito cedo, vou fazer ginástica, vou
trabalhar e volto à noite para dormir”, exemplificou.
Adaptação
Meirelles enfatiza que as mudanças
provocadas pelo coronavírus tornaram o uso das ferramentas digitais uma
necessidade para os pequenos produtores e comerciantes. “A gente estava
no início do e-commerce. A sociedade estava muito voltada para as
ferramentas digitais para o uso social. Com esse processo que ocorreu na
pandemia, você verifica que as pessoas tiveram que se reinventar”,
ressaltou sobre o aumento das transações comerciais pela internet.
Para ele, se não se adaptarem, os pequenos
empreendedores terão perdas ainda maiores com a pandemia. “Até chegar
uma vacina nós vamos ter que saber conviver com esse vírus. Nós vamos
ter que nos transformar digitalmente. O empresário, o pequeno
empreendedor e o agricultor que não se engajar nesse processo vai perder
musculatura, vai perder condições de produção”, acrescentou.