Plenário da Câmara dos Deputados pode votar na terça-feira (2) o
projeto de lei que suspende os pagamentos de dívidas dos clubes de
futebol durante o período de calamidade pública relacionada ao novo
coronavírus.
Segundo o PL 1013/20,
do deputado Hélio Leite (DEM-PA), ficam suspensos parcelamentos de
débitos de clubes junto à Receita Federal, à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional (PGFN) e ao Banco Central, previstos no Programa de
Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol
Brasileiro (Profut).
Devido às medidas de isolamento social e restrições de aglomerações,
os jogos dos campeonatos nacionais e estaduais foram suspensos ou
ocorreram sem público, diminuindo uma das principais fontes de receita
dos clubes.
Microempresas
Também na pauta consta a Medida Provisória 944/20,
que concede uma linha de crédito especial para pequenas e médias
empresas pagarem sua folha de salários por dois meses durante o estado
de calamidade pública decorrente do coronavírus.
Chamado de Programa Emergencial de Suporte a Empregos, o mecanismo prevê o aporte de até R$ 34 bilhões da União.
Entretanto, no dia 22 de abril, a Câmara aprovou o Projeto de Lei 1282/20, do Senado, que já foi convertido na Lei 13.999/20
e abordou o tema aproveitando parte das regras da MP 944/20, criando o
Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Pronampe).
Segundo o texto aprovado, da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP),
micro e pequenas empresas podem pedir empréstimos de valor
correspondente a até 30% de sua receita bruta obtida no ano de 2019.
O empréstimo contará com garantia de R$ 15,9 bilhões da União por
meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO-BB), a ser gerido pelo Banco
do Brasil. A intenção é garantir recursos para as empresas e manter
empregos durante o período de calamidade pública decorrente da
emergência da Covid-19.
Contratação de médicos
Os deputados podem votar ainda requerimentos de urgência para projetos de lei como o PL 750/20,
do deputado João Roma (Republicanos-BA), que autoriza todos os
municípios a subcontratarem médicos por meio do programa Médicos pelo
Brasil, gerenciado pela Agência para o Desenvolvimento da Atenção
Primária à Saúde (Adaps).
Atualmente, o programa é restrito a locais de difícil provimento ou de alta vulnerabilidade.
Outro projeto com pedido de urgência pautado é o PL 2835/20,
do deputado José Guimarães (PT-CE), que dá preferência à mulher no
recebimento do auxílio emergencial com duas cotas por família
uniparental quando houver conflito de dados no cadastro em relação às
informações declaradas pelo pai.
O projeto está apensado ao PL 2508/20,
da deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), que tem a mesma intenção,
especificando que o homem somente poderá receber duas cotas do benefício
se comprovar a guarda unilateral dos dependentes.
Fonte: Agência Câmara de Notícias